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O plenário da Câmara Municipal de Natal transformou-se na manhã de hoje (29) em uma verdadeira aula de história através de uma audiência pública proposta pela vereadora Amanda Gurgel (PSTU), com a participação de pesquisadores, professores e alunos da Escola Municipal Ana Júlia Mousinho, do Conjunto Parque dos Coqueiros, na Zona Norte. Na ocasião se discutiu as condições e reutilização da antiga ponte metálica de Igapó, a primeira a unir a Zona Norte de Natal ao restante da cidade, e como este monumento, que completa 100 anos em 2016, deve se consolidar enquanto patrimônio histórico da cidade.

 

O professor Manoel Negreiros (IFRN), que estuda sobre a ponte há 20 anos, propôs que os gestores públicos transformassem a estrutura em verdadeiro ponto turístico, inclusive, sendo reurbanizada e aberta para passeio de pedestres. “A ponte velha é um marco nosso, assim como o Forte dos Reis Magos. Ela resistiu ao tempo e apesar de necessitar de reparos na sua estrutura ainda tem suas fundações resistentes. Quem construiu não a fez de qualquer jeito, diferente de obras como as de hoje, ela pode continuar sendo utilizada”, destacou o pesquisador. Ele e os outros estudiosos presentes reivindicaram da Prefeitura políticas de restauração e preservação da ponte, em virtude de sua importância histórica para Natal e para o estado.

 

O professor Luciano Capistrano reforçou a ideia relembrando que, se nada for feito, a cidade perderá um monumento que representa a sua história. “Corremos o risco de perder parte da memória da cidade, quando podemos manter viva e ainda utilizá-la. É uma grande obra de engenharia. Com uma ideia simples, que ajudaria no problema de mobilidade e até na economia da cidade, visto que seria um atrativo turístico, é possível manter aquele patrimônio presente”, sugere. Os alunos que participaram da audiência interagiram com perguntas e colocações alimentando o debate.

 

Para o professor de história da escola Ana Júlia, Lindemberg Araújo, o debate foi de grande contribuição no aprendizado dos estudantes. “É uma aula que extrapola os limites da sala de aula e amplia o aprendizado fazendo com que conheçam mais sobre a história da cidade, criando um senso crítico da importância que aquela ponte representa”, disse. A vereadora Amanda Gurgel se comprometeu a manter o debate e o contato com o grupo de professores e pesquisadores, a fim de que o poder público possa se posicionar e tomar iniciativas em torno das reivindicações. “A ponte não pode ser esquecida, abandonada ou derrubada. Vimos aqui que há todo um respaldo técnico que garante a utilização como monumento histórico e turístico da cidade. Vamos estar em contato com a Secretaria de Cultura e a Semurb que são responsáveis pela manutenção”, planeja a parlamentar.

 

 

Texto: Cláudio Oliveira

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