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Começa-se a cada segundo novas oportunidades e maneiras de se fazer vida, e Julio César pisa suave nos seus 50 anos. E talvez por isso a música “Ciclos” na voz de Maria Bethânia traz para esse desfile um tom de nostalgia, como uma referência que marca uma história, sua história, nossa história. Porém é uma nostalgia consciente e em movimento, com o olhar no agora, na criação e na arte, como meio de vida. Júlio prioriza em seus shows o encontro, laços afetivos, construídos através de uma rede de artistas e amigos que agregam em sua criação. Não há como também o trabalho não desenhar uma cartografia de lugares nos quais construiu sua trajetória: Brasil, México e Estados Unidos, o que torna seu olhar mais múltiplo e apurado. Nascido em Mossoró, estudou modelagem pelo Fashion Institute of Tecnology (FIT) em Nova York. Mantem estúdios em Natal e Nova York e agora residindo e pesquisando no México também.
O show pode ser entendido em três atos. No primeiro a Coleção Caatinga ganha destaque, e é nela que Júlio apresenta suas raízes, por ser um bioma exclusivo brasileiro. Do tupi: Ka’a [mata] + tinga [branca], esse tipo de bioma em tempos de seca os troncos e galhos ganham um tom esbranquiçado, e está em grande parte no nordeste brasileiro. No segundo ato o experimental entra em cena, com novas peças e técnicas, modos outros de se fazer arte. E no terceiro as peças foram pensadas para festas e ocasiões de descontração.

“Recordo o passado inteiro
E as voltas
Que o mundo dá
Meu limão
Meu limoeiro
Meu pé de jacarandá”

[Trecho de “Ciclos” – Maria Bethânia]

Texto por Natã Ferreira

 

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