{"id":30879,"date":"2014-11-20T23:58:51","date_gmt":"2014-11-21T02:58:51","guid":{"rendered":"http:\/\/canindesoares.com\/?p=30879"},"modified":"2014-11-27T00:02:03","modified_gmt":"2014-11-27T03:02:03","slug":"selo-editorial-lanca-o-pequeno-homem-das-montanhas-de-antonino-condorelli","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/canindesoares.com\/selo-editorial-lanca-o-pequeno-homem-das-montanhas-de-antonino-condorelli","title":{"rendered":"Selo editorial lan\u00e7a \u201cO Pequeno Homem das Montanhas\u201d de Antonino Condorelli"},"content":{"rendered":"

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A festa de lan\u00e7amento aconteceu nesta quinta-feira, 20 de novembro, na livraria Nobel Salgado Filho<\/div>\n
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O Pequeno Homem das Montanhas deriva da disserta\u00e7\u00e3o de mestrado Dersu Uzala \u2013 Hibrida\u00e7\u00e3o Homem-Natureza, defendida pelo autor no Programa de P\u00f3s-Gradua\u00e7\u00e3o em Educa\u00e7\u00e3o da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em setembro de 2011. Depurada o mais poss\u00edvel dos v\u00edcios acad\u00eamicos do texto que lhe deu origem, a obra se baseia no livro Dersu Uzala, do explorador russo Vladimir Arseniev, publicado em 1923, e no filme hom\u00f4nimo que Akira Kurosawa dirigiu em 1975. A partir da narrativa liter\u00e1ria de Arseniev e da cinematogr\u00e1fica de Kurosawa, Antonino Condorelli se interroga sobre quest\u00f5es epistemol\u00f3gicas cruciais como as rela\u00e7\u00f5es entre sujeitos humanos e ambientes n\u00e3o urbanos, os conceitos de h\u00edbrido, de humano e n\u00e3o humano, de vivo e n\u00e3o vivo, de rela\u00e7\u00e3o direta e mediada com o real. Extremamente bem fundamentado, o ensaio aborda ecologia, semi\u00f3tica e arte.<\/div>\n
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Para o autor, a vida e a obra de Arseniev encarnam a riqueza, a polifonia e a intr\u00ednseca mesti\u00e7agem de uma ci\u00eancia n\u00e3o fechada, de uma ecologia dos conhecimentos que faz dialogar e hibrida certezas e incertezas, rigor e sensibilidade. A vida de Dersu, por sua vez, encarna um modo de ser, de conhecer e de viver que faz da instabilidade, da incerteza, da mudan\u00e7a incessante o h\u00famus para o florescimento de uma \u00e9tica do cuidado e da solidariedade. Estilos de vida, ambos, cada vez mais amea\u00e7ados. Por\u00e9m, seu eco conseguiu chegar at\u00e9 n\u00f3s e, como sustenta Condorelli, ainda podem instigar mudan\u00e7as em nossos modos de ser, de conhecer e de viver.<\/div>\n
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Arseniev e Dersu<\/div>\n
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O explorador, cart\u00f3grafo e escritor Vladimir Arseniev percorreu a taiga da regi\u00e3o siberiana do U\u00e7uri ao longo de mais de vinte anos de expedi\u00e7\u00f5es. Numa delas, em 1902, conheceu o ca\u00e7ador n\u00f4made Dersu Uzala. Nasceu entre os dois uma profunda amizade, que o escritor reconstruiu no livro Dersu Uzala, no qual se baseia o filme de Akira Kurosawa.<\/div>\n
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Vladimir Klavdievich Arseniev nasceu em S\u00e3o Petersburgo, na R\u00fassia czarista europeia, em 1872. Seu pai, de origem humilde, instilou nele e em seus irm\u00e3os uma paix\u00e3o pelas viagens de explora\u00e7\u00e3o. Em 1902, durante uma expedi\u00e7\u00e3o que chefiou na bacia do Rio U\u00e7uri, conheceu casualmente nas montanhas o ca\u00e7ador de etniagold Dersu Uzala, que adotou como guia do destacamento e com quem estreitou uma profunda amizade. Vladimir reencontrou Dersu em uma expedi\u00e7\u00e3o de 1907 e outra no ano seguinte.<\/div>\n
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A personalidade, a sensibilidade, a maneira de se relacionar com todos os seres vivos e n\u00e3o vivos, a vis\u00e3o de mundo do ca\u00e7ador gold marcaram para sempre o explorador, que reconstruiu suas viagens junto a Dersu Uzala em seu livro publicado em 1923. A obra teve um enorme sucesso em seu pa\u00eds natal e, ao longo de pouco menos de um s\u00e9culo, foi traduzido em diversos idiomas. Em 1961 foi realizada a sua primeira vers\u00e3o cinematogr\u00e1fica, hoje esquecida, pelo diretor sovi\u00e9tico Agasi Babayan. Em 1975, o diretor japon\u00eas Akira Kurosawa realizou um longa diretamente inspirado no livro. Em pouco tempo, o filme se tornou um cl\u00e1ssico do cinema e emocionou milh\u00f5es de pessoas em diversos pa\u00edses.<\/div>\n
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O autor<\/div>\n
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Italiano de nascimento e brasileiro de ado\u00e7\u00e3o e cora\u00e7\u00e3o, Antonino Condorelli nasceu em Castellammare di Stabia, na prov\u00edncia de N\u00e1poles, em 1976, e viveu a maior parte de sua vida em Floren\u00e7a, na regi\u00e3o da Toscana. Morou dois anos na Espanha. Vive no Brasil, em Natal (RN), desde 2002. \u00c9 formado em Ci\u00eancias da Comunica\u00e7\u00e3o pela Universidade de Siena, na It\u00e1lia, e mestre em Educa\u00e7\u00e3o pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente, cursa doutorado em Ci\u00eancias Sociais e \u00e9 docente do Departamento de Comunica\u00e7\u00e3o Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tem estudos nas \u00e1reas de comunica\u00e7\u00e3o digital e cibercultura, biopol\u00edtica e produ\u00e7\u00e3o de subjetividades, di\u00e1logo entre saberes cient\u00edficos e n\u00e3o cient\u00edficos, epistemologia da complexidade, educa\u00e7\u00e3o e resili\u00eancia. Atuou como rep\u00f3rter, redator e editor em revistas e portais italianos e espanh\u00f3is, e na \u00e1rea de comunica\u00e7\u00e3o digital de organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o governamentais e movimentos sociais no Brasil. Entre 2009 e 2012 atuou como produtor cultural independente, idealizando e coordenando os projetos Di\u00e1logos Criativos e Caf\u00e9 com Cinema.<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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