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A 7\u00aa Mostra de Violoncelos de Natal trar\u00e1 100 renomados m\u00fasicos do Brasil e do mundo para homenagear Aldo Parisot<\/em><\/p>\n <\/p>\n Natal ainda \u00e9 uma cidade pequena. Mas se torna imensa quando exporta uma figura reconhecida no mundo como o violoncelista Aldo Parisot, solista nas maiores orquestras do planeta e talvez o mais ilustre potiguar vivo. E para celebrar seus 100 anos, 100 renomados m\u00fasicos internacionais e nacionais desembarcar\u00e3o em Natal pr\u00f3xima semana para quatro dias de programa\u00e7\u00e3o que culminar\u00e1 com um concerto gratuito, \u00e0s 20h desta quinta-feira (15), no audit\u00f3rio do Holiday Inn, em frente ao Arena das Dunas.<\/p>\n <\/p>\n No mundo, Aldo Parisot est\u00e1 para Natal como Tom Jobim est\u00e1 para Ipanema. Sua biografia foi publicada recentemente na Inglaterra pela professora Susan Hawkshaw. Natalense nascido em 1918, ele foi solista de algumas das maiores orquestras do mundo como a Filarm\u00f4nica de Berlim, de Nova Iorque e de Viena. \u00c9 o \u00faltimo colaborador ainda vivo pr\u00f3ximo de Villa-Lobos, que lhe dedicou duas pe\u00e7as para violoncelo e orquestra. Durante mais de 60 anos foi professor catedr\u00e1tico da Yale University, nos EUA.<\/p>\n <\/p>\n Para homenage\u00e1-lo, 100 violoncelistas convidados, incluindo a ex-aluna de Parisot, Kim Cook, professora da Penn State University, e o vice-reitor da Estonian Academy of Music, Henry-David Varema, al\u00e9m de musicistas das mais reconhecidas universidades brasileiras ir\u00e3o compor a s\u00e9tima edi\u00e7\u00e3o da Mostra de Violoncelos de Natal. No concerto ser\u00e3o apresentadas obras emblem\u00e1ticas da carreira do m\u00fasico potiguar, como a Bachiana 5 de Villa-Lobos, al\u00e9m de pe\u00e7as de Oriano de Almeida, Bach e Piazolla.<\/p>\n <\/p>\n Os 700 ingressos para assistir ao concerto ser\u00e3o distribu\u00eddos na Escola de M\u00fasica da UFRN (Emufrn) a partir desta quarta-feira (14), das 9h \u00e0s 12h e das 14h \u00e0s 18h. Quem n\u00e3o conseguir pegar o seu, tamb\u00e9m pode tentar na hora do Mostra. A reg\u00eancia do concerto ser\u00e1 do violoncelista carioca F\u00e1bio Soren Presgrave, professor da Escola de M\u00fasica da UFRN, com mestrado na Julliard School of Music, nos EUA e p\u00f3s-doutorado pela Westfaelische Wilhems-Universitaet Munster, na Alemanha.<\/p>\n <\/p>\n TRADI\u00c7\u00c3O DO VIOLONCELO EM NATAL<\/strong><\/p>\n <\/p>\n A m\u00fasica instrumental talvez seja a m\u00fasica mais identit\u00e1ria do Rio Grande do Norte, como o frevo em Pernambuco ou o ax\u00e9, na Bahia. E o violoncelo, em particular, contribuiu muito para essa identidade. O in\u00edcio dessa hist\u00f3ria remonta ao quase lend\u00e1rio violoncelista italiano Thomaz Babini \u2013 um dos m\u00fasicos de concerto mais importantes do s\u00e9culo 20. Thomaz desembarcou em Natal provavelmente em 1907 para construir uma hist\u00f3ria pouco conhecida do p\u00fablico potiguar e de desdobramentos vividos at\u00e9 os dias atuais.<\/p>\n <\/p>\n Seu filho, o potiguar \u00cdtalo Babini, foi professor de Aldo Parisot \u2013 residente famoso da Ribeira, ali pr\u00f3ximo ao hoje Buraco da Catita. H\u00e1 relatos que recontam a hist\u00f3ria de Natal, do som advindo do violoncelo de Parisot por quem passasse pelo j\u00e1 movimentado bairro da Ribeira naquela \u00e9poca. Portanto, Natal herdou de um dos maiores g\u00eanios da m\u00fasica do s\u00e9culo 20, Thomaz Babini, uma tradi\u00e7\u00e3o continuada no violoncelo, que passou por seu filho \u00cdtalo Babini, Aldo Parisot e hoje \u00e9 comandada por F\u00e1bio Presgrave na UFRN, com v\u00e1rios de seus alunos premiados internacionalmente.<\/p>\n <\/p>\n