{"id":66562,"date":"2021-09-10T21:03:06","date_gmt":"2021-09-11T00:03:06","guid":{"rendered":"https:\/\/canindesoares.com\/?p=66562"},"modified":"2021-09-10T21:03:07","modified_gmt":"2021-09-11T00:03:07","slug":"rn-vai-desenvolver-1o-buggy-eletrico-de-olho-em-mercado-do-futuro-no-litoral-brasileiro","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/canindesoares.com\/rn-vai-desenvolver-1o-buggy-eletrico-de-olho-em-mercado-do-futuro-no-litoral-brasileiro","title":{"rendered":"RN vai desenvolver 1\u00ba buggy el\u00e9trico, de olho em \u2018mercado do futuro\u2019 no litoral brasileiro"},"content":{"rendered":"
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O Sistema Ind\u00fastria, por meio do Servi\u00e7o Nacional de Aprendizagem Industrial no Rio Grande do Norte (SENAI-RN) e a ind\u00fastria de ve\u00edculos Selvagem – pioneira do setor na regi\u00e3o Nordeste e principal origem da frota de buggys que circula no RN e em outros destinos internacionalmente conhecidos, como Fernando de Noronha (PE) – assinaram nesta quinta-feira (09) um acordo de coopera\u00e7\u00e3o para desenvolvimento do primeiro buggy el\u00e9trico do estado.  <\/p>\n

Segundo as institui\u00e7\u00f5es envolvidas, o projeto \u00e9 idealizado desde 2020 e a expectativa \u00e9 de ganhos ambientais, tecnol\u00f3gicos e econ\u00f4micos em um dos passeios tur\u00edsticos mais tradicionais do litoral brasileiro.  <\/p>\n

Dentro da f\u00e1brica potiguar em opera\u00e7\u00e3o h\u00e1 45 anos, onde nascer\u00e1 o primeiro carro el\u00e9trico do RN, a estrutura do ve\u00edculo est\u00e1 pronta, \u00e0 espera da inova\u00e7\u00e3o: o motor e as baterias que ir\u00e3o aliment\u00e1-lo.  <\/p>\n

Os equipamentos para in\u00edcio do desenvolvimento j\u00e1 come\u00e7aram a ser buscados junto a fabricantes e um treinamento espec\u00edfico com especialistas da Alemanha ser\u00e1 realizado pela equipe de profissionais que vai colocar a m\u00e3o na massa. <\/p>\n

Quest\u00f5es como quando o projeto ser\u00e1 conclu\u00eddo, o tempo necess\u00e1rio de testes, o in\u00edcio da produ\u00e7\u00e3o comercial e a partir de quando o buggy estar\u00e1 nas ruas, ou nas dunas – assim como o pre\u00e7o que ter\u00e1 no mercado – s\u00f3 dever\u00e3o ser respondidas no decorrer dos trabalhos. A demanda potencial, entretanto, j\u00e1 existe e d\u00e1 sinais \u00e0 ind\u00fastria.  <\/p>\n

\u201cTodos os dias algu\u00e9m nos procura em busca desse buggy\u201d, diz o fundador da Selvagem, Marcos Neves, observando que a expectativa \u00e9 – a partir da inova\u00e7\u00e3o – atender ao \u201cmercado do futuro\u201d que se abre no pa\u00eds, em \u00e1reas que a f\u00e1brica j\u00e1 abastece e em outras onde o interesse poder\u00e1 surgir.  <\/p>\n

A procura se manifesta atualmente, segundo ele, dentro do Rio Grande do Norte e tamb\u00e9m chega de Fernando de Noronha, onde decreto pro\u00edbe a entrada de ve\u00edculos \u2018tradicionais\u2019, com motor a combust\u00e3o, a partir de 2022, e a circula\u00e7\u00e3o dos que j\u00e1 existem a partir de 2030.  <\/p>\n

Segundo informa\u00e7\u00f5es oficiais da Administra\u00e7\u00e3o de Fernando de Noronha repassadas ao SENAI-RN, \u201cn\u00e3o existem buggys el\u00e9tricos na ilha\u201d hoje, mas h\u00e1 outros 50 carros el\u00e9tricos em circula\u00e7\u00e3o. Eles representam 3,57% da frota. <\/p>\n

Projeto<\/strong> <\/p>\n

O desenvolvimento do primeiro buggy el\u00e9trico na ind\u00fastria do Rio Grande do Norte \u00e9 parte do Projeto Verena, que o SENAI-RN e o Centro de Tecnologias do G\u00e1s e Energias Renov\u00e1veis (CTGAS-ER), do SENAI, executam desde 2018 no Brasil com a C\u00e2mara de Ind\u00fastria e Com\u00e9rcio da cidade de Trier (EIC Trier), da Alemanha. A iniciativa tamb\u00e9m conta com a colabora\u00e7\u00e3o do Instituto SENAI de Inova\u00e7\u00e3o em Energias Renov\u00e1veis e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).  <\/p>\n

\u201c\u00c9 um projeto que \u00e9 um marco para a ind\u00fastria, para o meio ambiente e para o setor de turismo\u201d, diz o diretor do CTGAS-ER e do ISI-ER, Rodrigo Mello. \u201cO uso t\u00edpico do buggy \u00e9 em \u00e1reas costeiras, em ambientes caracteristicamente limpos, e trazer um equipamento com zero emiss\u00f5es de gases do efeito estufa e com zero ru\u00eddo de motor, como ser\u00e1 este, \u00e9 sem d\u00favida um ganho\u201d, complementa.  <\/p>\n

Para o presidente da Federa\u00e7\u00e3o das Ind\u00fastrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales, o buggy el\u00e9trico ser\u00e1 uma importante contribui\u00e7\u00e3o em conson\u00e2ncia com o desenvolvimento tecnol\u00f3gico e a inova\u00e7\u00e3o exigidos no momento atual. \u201cO Sistema S atua para desenvolver solu\u00e7\u00f5es inteligentes e sustent\u00e1veis que atendam \u00e0s necessidades da ind\u00fastria a partir da nossa realidade local, mas de acordo com as tend\u00eancias internacionais. O buggy el\u00e9trico \u00e9 um projeto de destaque nesse contexto\u201d, afirma.  <\/p>\n

O SENAI, por meio de CTGAS-ER e do ISI-ER, ficar\u00e1 respons\u00e1vel pelo desenvolvimento do uso da tecnologia e a integra\u00e7\u00e3o dos componentes el\u00e9tricos e mec\u00e2nicos do ve\u00edculo. \u00c0 UFRN caber\u00e1 a parte de \u201cintelig\u00eancia do buggy\u201d, o que inclui toda a parte de controle, acionamento de motor, verifica\u00e7\u00e3o da vida \u00fatil da bateria, an\u00e1lise do ambiente e detec\u00e7\u00e3o de falhas.  <\/p>\n

J\u00e1 a EIC Trier vai fornecer a tecnologia e promover o treinamento necess\u00e1rio para a realiza\u00e7\u00e3o do projeto. Um curso de mecatr\u00f4nica automotiva de 180 horas ser\u00e1 ministrado para a equipe envolvida, por especialistas da Alemanha. O pa\u00eds \u00e9 o maior produtor europeu de ve\u00edculos el\u00e9tricos. <\/p>\n

\u201cPara n\u00f3s da EIC Trier \u00e9 uma enorme satisfa\u00e7\u00e3o contribuir para a concep\u00e7\u00e3o e constru\u00e7\u00e3o do primeiro buggy el\u00e9trico do Nordeste do Brasil e a gente fica ainda mais feliz por esse buggy ter surgido no Rio Grande do Norte, que normalmente \u00e9 um estado que todos conhecem pelo turismo mas tamb\u00e9m \u00e9 um lugar onde se concepciona e constr\u00f3i tecnologia de ponta para um Brasil melhor e para um mundo cada vez mais sustent\u00e1vel\u201d, diz o consultor alem\u00e3o Andreas Dohle, da EIC Trier. <\/p>\n

O desenvolvimento do buggy faz parte de um n\u00famero maior de a\u00e7\u00f5es conjuntas na \u00e1rea de eletromobilidade. Outra a\u00e7\u00e3o ser\u00e1 a cria\u00e7\u00e3o de um curso in\u00e9dito com o CTGAS-ER para especializa\u00e7\u00e3o de trabalhadores na convers\u00e3o de carros el\u00e9tricos no pa\u00eds. A estrutura para o curso est\u00e1 sendo preparada e a previs\u00e3o de in\u00edcio \u00e9 2022. <\/p>\n

O buggy el\u00e9trico <\/strong> <\/p>\n

O buggy el\u00e9trico planejado dentro do projeto \u00e9 um ve\u00edculo que usa eletricidade para se locomover, por meio de baterias que alimentam o motor.  <\/p>\n

A autonomia do modelo, ou seja, a dist\u00e2ncia que conseguir\u00e1 percorrer com baterias cheias, antes de precisar de recarga, \u00e9 estimada em 200 Km, diz o professor de automa\u00e7\u00e3o e eletrot\u00e9cnica do CTGAS-ER, e coordenador do projeto pelo SENAI-RN, Davinson Rangel.  <\/p>\n

Seria suficiente, por exemplo, para dois passeios ida e volta entre as praias de Ponta Negra e Muri\u00fa, uma das principais rotas tur\u00edsticas no litoral potiguar.  <\/p>\n

Como a utiliza\u00e7\u00e3o do ve\u00edculo em dunas exigiria mais das baterias e do motor do que o tr\u00e1fego somente em asfalto e estradas de terra, essa autonomia, entretanto, pode variar. <\/p>\n

\u201cIremos desenvolver um produto inicialmente 100% potiguar que certamente ser\u00e1 refer\u00eancia para todos que deste ve\u00edculo se utilizam, propiciando uma fonte de energia limpa para um produto que agrega ao turismo a preocupa\u00e7\u00e3o com o meio ambiente\u201d, diz o diretor regional do SENAI-RN, Emerson da Cunha Batista. \u201cO buggy passou a fazer parte de nosso conv\u00edvio h\u00e1 anos e neste momento em que a evolu\u00e7\u00e3o das tecnologias \u00e9 cada vez mais necess\u00e1ria nos sentimos honrados em poder participar desse projeto piloto\u201d, acrescenta. <\/p>\n

O chefe do Departamento de Engenharia El\u00e9trica da UFRN e coordenador dos trabalhos da Universidade no projeto, Diomadson Belfort, refor\u00e7a que o turismo com buggys pode ficar mais limpo e econ\u00f4mico em decorr\u00eancia de solu\u00e7\u00f5es que ser\u00e3o desenvolvidas no projeto. Dados levantados pela universidade apontam que 715 bugueiros est\u00e3o credenciados pela Secretaria de Turismo do estado atuando nos munic\u00edpios p\u00f3los de Ba\u00eda Formosa, Tibau do Sul, Natal e Extremoz. Entre os custos operacionais da atividade est\u00e3o gastos com combust\u00edvel, que giram em torno de R$ 80 a R$ 100 por passeio – e poder\u00e3o ficar para tr\u00e1s a partir do ve\u00edculo el\u00e9trico. <\/p>\n

Sobre o SENAI<\/strong> <\/p>\n

O SENAI \u00e9 o maior complexo de educa\u00e7\u00e3o profissional da Am\u00e9rica Latina e detentor da maior rede privada de Institutos de Tecnologia e Inova\u00e7\u00e3o para a ind\u00fastria nessa regi\u00e3o do mundo. No Rio Grande do Norte, faz parte do Sistema FIERN e engloba cinco Centros de Educa\u00e7\u00e3o e Tecnologias com cursos profissionalizantes: CET (Voltado ao setor da constru\u00e7\u00e3o civil); CETCM (Voltado \u00e0s ind\u00fastrias de alimentos, vestu\u00e1rio e moda); CETIB (cursos diversos para a ind\u00fastria); CETAB (vestu\u00e1rio, constru\u00e7\u00e3o e outros), e CTGAS-ER, principal refer\u00eancia do SENAI no Brasil para educa\u00e7\u00e3o e servi\u00e7os com foco nas ind\u00fastrias de energias renov\u00e1veis e do g\u00e1s. A atua\u00e7\u00e3o no RN se d\u00e1 ainda por meio do Instituto SENAI de Inova\u00e7\u00e3o em Energias Renov\u00e1veis (ISI-ER), na capital, Natal, e do Instituto SENAI de Tecnologias em Petr\u00f3leo e G\u00e1s (IST-PG), em Mossor\u00f3.  <\/p>\n

Sobre a Selvagem<\/strong> <\/p>\n

A Selvagem \u00e9 a \u00fanica ind\u00fastria de ve\u00edculos do Rio Grande do Norte e primeira do setor instalada na regi\u00e3o Nordeste. A empresa foi fundada em 1976, tem sede em Parnamirim\/RN e capacidade de produ\u00e7\u00e3o de 200 ve\u00edculos por ano. O Rio Grande do Norte \u00e9 o principal mercado atendido, com uma fatia de 70%, seguido por Fernando de Noronha. A companhia ainda n\u00e3o estima a potencial participa\u00e7\u00e3o que os buggys el\u00e9tricos assumir\u00e3o na linha de produ\u00e7\u00e3o, mas espera que eles representem uma parte importante do neg\u00f3cio. <\/p>\n

Projeto Verena<\/strong> <\/p>\n

O Projeto Verena \u00e9 fruto de um Termo de Coopera\u00e7\u00e3o T\u00e9cnica firmado em dezembro de 2018 entre o SENAI-RN, o CTGAS-ER e a EIC Trier. O projeto resultou, por exemplo, no desenvolvimento de a\u00e7\u00f5es de educa\u00e7\u00e3o profissional, com transfer\u00eancia de tecnologias alem\u00e3es para capacita\u00e7\u00e3o da equipe do CTGAS na \u00e1rea de seguran\u00e7a do trabalho para a ind\u00fastria de energia e\u00f3lica, e na cria\u00e7\u00e3o de um programa de forma\u00e7\u00e3o e certifica\u00e7\u00e3o de instaladores de pain\u00e9is fotovoltaicos no estado. Na \u00e1rea de energia e\u00f3lica, outro fruto foi a certifica\u00e7\u00e3o GWO\/BST do CTGAS, habilitando o Centro para oferecer treinamentos b\u00e1sicos de seguran\u00e7a reconhecidos pela Global Wind Organisation, organiza\u00e7\u00e3o com presen\u00e7a global que desenvolve padr\u00f5es de seguran\u00e7a e treinamento para o trabalho em turbinas e\u00f3licas onshore (em terra) e offshore (no mar). O Projeto, que se encerraria em outubro deste ano, ser\u00e1 prorrogado at\u00e9 dezembro e poder\u00e1 ser sucedido por outras iniciativas conjuntas de capacita\u00e7\u00e3o de pessoal, presta\u00e7\u00e3o de servi\u00e7os de assessoria e consultorias.  <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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