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Via-crúcis da imprensa
Colegas da imprensa passam por via-crúcis para entrevistar artistas.
Claudia Leite além de sua camiseta recebeu da secretária Rosy uma para seu filho Davi.
Quem não é do meio jornalístico não tem idéia de como as pessoas que cuidam dos artistas criam de dificuldade para o acesso a imprensa. Eu já cheguei no meu limite. So vou fotografar um artista quando tenho que fazer para atender um cliente (jornal, revista ou assessoria de imprensa). Ontem ia acompanhar uma entrevista com Ivete Sangalo em seu trio. A espera já era tanta que eu já estava quase desistindo quando uma pessoa chegou na porta do trio onde os jornalistas esperavam há pelo menos uma hora e foi falando. Embora com educação o que em algumas vezes não é, disse “so vai poder entrar um cinegrafista e quem o acompanha, so pode fazer duas perguntas e nada de pessoal, fotógrafos não poderão entrar”. Segui meu rumo para outro lugar. No trio de Ivete eu estava a convite da 96 FM e da Secretaria de Comunicação da Prefeitura para fotografar Rosy de Sousa, secretária municipal de Assistência Social que está dedicadíssima numa luta que ela faz questão de está a frente, pelo fim da violência contra mulher com a campanha “Homens pelo fim da violência contra a mulher”, lançada pela Prefeitura de Natal. Mas desistiu de entregar pessoalmente a camiseta a Ivete diante das dificuldades. Então fomos em outro trio que também não deu certo e por último fomos para o de Claudia Leite que esperamos mais de uma hora para sermos recebidos. Mesmo assim depois que a secretária entrou, um segurança super-mau educado não queria deixar eu entrar. O cinegrafista da secretaria ainda falou, “ele é fotógrafo da secretária” e o segurança respondeu grosseiramente “se preocupe com seu trabalho”. Pois bem, é assim, tratam a imprensa com maior desprezo. Ha vários anos nem chego perto de trio elétrico pois sei como é o tratamento. Mas um registro eu quero fazer, Ivete e Claudia Leite são duas artistas extremamente simpáticas, já fotografei as duas, inclusive fotografei o show “seda despenteia” ha alguns anos, e Claudia Leite conversou bastante comigo. As duas são muita atenciosas com todo mundo. Mas o pessoal que os cercam não da para suportar. Se a titular de uma secretaria de uma cidade que eles estão visitando foi tratada dessa forma, imaginem o que fazem com os mortais fotógrafos.
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5 comentários em “Via-crúcis da imprensa”
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8 de dezembro às 22:09
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isso sim pode se chamar artista ,tem consideração com os seus seguidores,garanto q ela nunca ia ficar do lado da prefeita e sim ficar do lado de quem lhe segue a vida toda,comprando seus Cds
Só uma outra informação:
Durval lelys lembrou MUITO bem hoje:
Carnaval de Rua (do formato do Carnatal) hoje só em Aracaju, Salvador e NATAL.
Todos os outros grandes acabaram: Recife, João pessoa, Fortaleza, Teresina, etc ec…
A imprensa deveria ser uma aliada mas dessa forma é complicado.
Outra coisa que nao concordo..vc escreveu que o segurança / produtor disse que não poderia fazer pergunta de ordem pessoal. E é ele que vai pautar a entrevista? Cada coisa..
Meu amigo Canindé.,
Eu conheço Ivete e sei que ela não é assim. Já trabelhei com alguns desses e sei que alguns produtores tem o rei na barriga e se acham. O artista muitas vezes não tem noção do que está acontecendo . Em algumas ocasioes é feito um brefing para barrar sites “sem nocao” de “coberturas do evento” e nao jornais e TV. Mas tem gente que generaliza e acaba dando atenção às TVS e que se danem os fotografos. Eles devem pensar: pra que uma foto no camarim? O fotografo que faça na avenida…é mais pratico e facil pra todo mundo. Acredite o pensamento é este. Mas em alguns casos o lance é fotografar o artista nocamarim pq a materia assim pede. Mas acredite, é tanta coisa que roda nesse mundo das micaretas que eu tenho certeza de que isso seja uma proibição do artista e sim uma falta de controle e coordenacao de seus proprios produtores. deveriam saber quem é, qual a materia e ja agendar. Se for o caso faz no hotel ja que o tempo ali na concentracao é reduzido. O Artista chega e ja sai tocando em menos de 10 minutos. Entao marca-se no hotel. Mas ai vem o outro lado da historia…e vamos dar a césar o que é de cesar.
– Tudo no Carnatal é cronometrado. O artista chega no trio com 10 minutos de antecedência. A producao descobre que ele precisa dar entrevista a 4 tvs, 3 jornais, sites de cobertura, etc etc etc. Em 10 minutos. Complicado tb para eles – no caso producao. O ideal, nesse caso, seria um contato que ja agendasse essa materia e tal.
É só para ver os dois lados. Mas que os seguranças deveriam ser melhor preparados, concordo totalmente.
Meu irmão Canindé, como fã que sou seu e colega de profissão, pois considero você não só um excepcional fotógrafo, como um potencial jornalista, essa “turma” que faz segurança de artistas e até mesmo, relações públicas ou coisa parecida, são treinados para dificultar mesmo o acesso as “estrelas” e pior, nos tratar mau como se fossemos “doenças”. Claro que há exceções, mas são poucas. O que nos deixa mais triste é saber por exemplo: um mega empresário como Silvio Santos, que além de milionário e um artista querido, todas as histórias que tomamos conhecimento dele, é de um cara simples, atende todo mundo em aeroporto, rua, não anda com segurança. Mas o povo é o culpado de tudo isso, endeusa pessoas e esquecem que toda honra e glória só ao Senhor Deus e aos mortais, apenas o reconhecimento do talento e quando possuir, “humildade”, receber referências para que o Bem prevaleça entre os homens. Fora disso, é atirar no próprio pé. A imprensa muitas vezes é tratada com desprezo não só pelos “assessores artísticos” e sim por colegas de profissão. Neste mesmo Carnatal, teve camarote que fez a maior exigência com alguns repórteres, inclusive cronometrando o tempo de cada um dentro dos espaços, exigindo que os jornalistas nem água tomassem. É lamentável isso! Salvo o camarote do Donna Donna que deu atenção merecida a imprensa, colocando a disposição toda sua estrutura que aliás, é fantástica. Parabéns para os organizados do Donna Donna que deu exemplo de humanização e profissionalismo com a turma que escreve a festa. Abraços Canindé, meu guru!
Acredito que essa dificuldade vem desde de cima (os artistas) até em baixo (os seguranças). Por exemplo: Se os seguranças dessas “que se acham” barram o nosso trabalho, é por ordem superior, ou seja, delas mesmas
(nesse caso específico), e em outros casos também. Depois ficam se fazendo de simpáticas para saírem bem na fita. Esses artistas só estão onde estão, pelo trabalho da imprensa em divulgar seus discos, seus shows, e inclusive por divulgarem suas vidas pessoais ( que diga-se de passagem, eles falam que não gostam- SEI…. rsrsrsrs). O que deveriamos fazer seria ignorá-los, não divulgando e nem fotografando seus trabalhos. Isso tem que ter um basta, pois dessa forma a coisa só vai piorar. A Imprensa deveria ignorar mesmo em um todo. Penso dessa maneira. Por isso não quero cobrir eventos dessa natureza. Parabéns pela matéria e pela crítica postada em seu blog Canindé. Abraços