Marca Maxmeio

Notícias

6 de fevereiro às 00:58

Acabou…

Por falta de apoio morre o projeto Espaço Cultural Canto do Mangue

Um evento que engrandecia a poesia potiguar a comunidade em um local quase abandonado.  A praça do Pôr-do-Sol ganhava vida e alegria. Fui muitas vezes e convidei vários amigos. Mas…

Palavras de Jaécio de Oliveira Carlos um dos idealizadores do evento:

Por falta de patrocínio (a Fecomercio não tem mais verba) e de apoio (Funcarte e Fundação José augusto, não se pronunciaram), lamento informar que o Espaço
Cultural Canto do Mangue não irá mais promover os saraus nos segundos sábados de cada mês homenageando poetas vivos do RN.
Desde março de 2008, ou seja há quase 3 anos, a Praça Por do sol, nas Rocas, vinha recebendo pessoas, amigos, artistas, poetas e familiares dos homenageados. Nesse contexto promovemos também o projeto BOLACHAS DE POESIAS colocando versos e poetas nos porta-copos distribuídos gratuitamente pela Pitts Burg onde chegamos a 15 poetas, num total de 15 mil desses brindes onde também divulgava nossos poetas.

Sem patrocínio e sem apoio fica dificil qualquer projeto seguir adiante.

Eu e Wellington Guedes, lamentamos muito que nosso projeto não tenha
continuidade.


Deixe um comentário

7 comentários em “Acabou…

  1. paulo varela disse:

    PURA FALTA DE VERGONHA DE QUEM DEVERIA APOIAR ESSE BELO EVENTO SIMPLES E DO POVO.
    TAMBEM O QUE ESPERAR QDE UMA PREFEITURA QUE DEIXA DE APOIAR ARTISTA DE NOSSA TERRA E INVESTE ENRIQUECENDO CADA VEZ MAIS PADRES E CANTORES DO PASSADO COMO DANIEL E UM BANDO DE SERTANEJOS UNIVERSITÁRIOS E SEM RAÍZES…..
    TAMBEM UMA FUNDAÇÃO ONDE O VENTO QUE SOPRA SEMPRE FOI EMBALADOS POR ESCANDALOS E CORRUPÇÕES…

    MINHA MULÉ É QUEM DIZ: SÃO UNS INÚTEIS CULTURALMENTE..E EU ASSINANDO EMBAIXO!!!!

    PAULO VARELA

  2. VE SE FALTA APOIO PARA O “carnatal” !!!!

    AH FALTA NADA, MUSIQUINHA DA BAHIA, AQUI TEM VEZ !!!

    vergonhosa a falta de incentivo à nossa cultura !!!!!!!!!!!

  3. Roger disse:

    Um povo só amadurece e progride quando a Educação e a Cultura prevalecem. Vemos em Natal muita discriminação em comunidades carentes, problemas de violência, drogas e outras mazelas que precisam ser extintas. Daí surge no Canto do Mangue uma notícia diferente, que no meio da praça a poesia domina, os versos estão no lugar dos vícios, as homenagens no lugar do desprezo, a cultura invade o povo independente de raça e posição social. Infelizmente isto acaba, e onde a cultura já sorria, as luzes se apagam, a cortina fecha e a vida volta ao normal: Sem cultura, sem poesia, sem arte, ficando apenas o lamentar dos poetas e do povo que vivenciava a poesia e via algo novo no seu dia a dia.

    Roger

  4. agslene disse:

    Sinto muito. pelos poetas do povo e pelo povo. Numa cidade onde as questões culturais não são levadas a sério pelo poder público, só nos resta a sentir pena.

  5. Zé Martins disse:

    “No meu estado os políticos também são acefolos culturais”

  6. Deth Haak disse:

    Portanto, para tal é necessária a não-alienação de quem promove e produz cultura, parabéns aos dois guerreiros que como EU pensam o comum.
    Nossa arte não é arrogante, mas sim otimista – recusa o fatalismo e o conformismo. Não julgamos que nossos atos possam salvar o mundo, mas podem ressignificar alguns espaços e quebrar uma rotina opressora. A rotina de pessoas que não só ouvimos, mas com quem nos comunicamos… ali… cara a cara… Sendo, a poesia a mãe de todas as artes não esta distante da vida. Pois na verdade, não emula, transcreve e mimetiza criativamente. A poesia é um meio de reproduzir ou recriar em palavras as experiências da vida, tal como a pintura reproduz ou recria certas figuras ou cenas da vida em contornos e cores.
    Porém, ao mesmo tempo em que imita a vida, a poesia a reinterpreta e recria. Nela, na poesia, a matéria prima que é o ser humano, a vida sobre a face da terra, é remodelada e recriada até ser transformada na obra poética, como nos painéis que adornam a praça, em versos e palavras que se alternam e expressam o que o coração sente e o que faz o espírito vibrar.
    Conhecendo a profecia do Mestre Camara Cascudo,
    “ Natal não consagra e não desconsagra ninguém”
    Ao ser convidada a participar do Poeta Vivo Imortalizado, pronto cravei meu poema na praça, noite em que o nosso querido Tico da Costa “ in memórian”, levou seu canto para secar meu pranto
    Pelo Rio Potengi que este estado mata a todo instante… Sim, sou poeta e canto em versos meu desencanto.

    Deth Haak
    “ A Poetisa dos Ventos”
    Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN
    Cônsul Poeta Del Mundo-PN
    Embaixadora Universal da Paz- Geneve- Suíça
    União Brasileira dos Trovadores
    Academia de Letras do Brasil
    Academia de Trovas do RN

  7. Deth Haak disse:

    Nas Rocas

    Assim falou Zaratrusta: “A arte existe para que a verdade não nos destrua ” bom quem disse à frase, e que desde o século IX faz muita gente boa parar e pensar foi o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, dimencionar a experiência. E pela fórmula simples nos dada por Oswald de Andrade: A ALEGRIA É A PROVA DOS NOVE. A tristeza nos abate, esse é o meu sentimento, e o da plêiade de poetas que ancoravam a margem do Rio Potengi no segundo sábado de cada mês.
    Saldávamos a vida em sua corporeidade! O Evento estava aberto para o encontro, essa era a função dos poetas nesta localidade, de contagiar poéticamente a amassa e, necessariamente disciplinar com cidadania. Sim eu acredito no potencial da Poesia para transformar o mundo, mas me incomoda como este potencial é pensado a partir de uma arte acadêmica, de vanguarda e erudita, que pressupõe uma hierarquização em relação ao outro que é considerado “alienado”. Esta alteridade entre quem faz o hapenning (o Poeta iluminado, libertador), e quem o assiste (o transeunte curioso, o morador da comuna que não tem acesso a políticas publicas, imagine culturais , a prostituta que atrasa o programa para nos escutar , o drogado assustado, indignado, mas sempre atento, sempre outro, por mais cara-a-cara que fosse a interação) que me incomoda nesta maneira de pensar a arte é o descaso dos gestores culturais.
    Outra coisa que me incomoda, é quando para além da rotina massacrante, esquecemos a beleza da poesia que desburocratiza, de quanta arte cabe na vida daqueles transeuntes que a sociedade julga alienados. Desculpe, se me sinto em condição de libertar os sonhos aprisionados nas sebes dos que nada tem, e isso não é arrogância. Um espaço como o da Praça da Poesia no Canto do Mangue, deveria ser imitado em outras comunidades carentes de tudo, e ao invés de incentivar, calam esse manacial de vozes ecoadas em uma comunidade de diferentes significados conforme as atribuições feitas pelos seres humanos que a ocupam.
    Uma visita a esse saraù para aquelas pessoas, era mudança de rotina, ver outras pessoas , entrar em contato com a vivência de outros seres uma oportunidade de trocas de experiências e aprendizado entre os que ali freqüentavam semeando “ ARTE” no solo dos que nela habitam, MUSICOS Poetas , compositores Declamadores e os pescadores tão queridos. Para isso, bastou a boa intenção de Jaécio Carlos e Welinton os que tiveram a iniciativa e a consciência de que o encontro teria um propósito e um efeito (que vai até além de nossa capacidade de mensurar).