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Tota com a filha Raphaela, que é mais nova que a banca

Adular empresários faz parte do colunismo social. O cara abre uma pousada e é tratado como se fosse Donald Trump; uma loja para vender computadores e vira Bill Gates; uma barraquinha de camelô e… não, esse não aparece em coluna social, nem vai ser chamado de Sílvio Santos. O que acontece é que depois da bajulação, o tal empresário pode sumir, evaporar, falir e fica por isso mesmo. Colunista social fala de todos, mas só o tempo vai dizer quem é bom mesmo, quem merecia os elogios e a aposta.

Clique para ampliarTota Barbosa, dono da Banca Cidade do Sol, no bairro de Petrópolis, é um desses. Em nota na coluna de Wanda Fernandes, na revista RN Econômico de 12 de fevereiro de 1994 (reproduzida ao lado), ela destacava que Tota estava “de olho no futuro”, que acabava de “adquirir um moderno computador 386 SX” e que “a engenhoca vai auxiliá-lo no trabalho, controlando seu estoque e organizando o cadastro de clientes”. Isso foi em 1994. Mas a banca está lá desde 1989. Sucesso até hoje e sem qualquer comparação com outro empreendimento do gênero em Natal.

Quando foi aberta, o centro da cidade era ali perto, na Cidade Alta. Nos anos 90, com a abertura do Natal Shopping, a atenção dos consumidores mudou para as margens da BR 101. Nos anos 2000, o centro migrou mais uma vez, para o Midway. As bancas do centro antigo morreram quase todas, as “de bairro” são pequenas, mas a Cidade do Sol continua crescendo.

Tota acha que cada bairro tem uma grande banca. Quando foi pedido que citasse três, se atrapalhou. É porque não tem. Muito menos uma que seja referência, exista há tanto tempo e continue se modernizando. Não existe mesmo. Sejamos justos, há uma ou outra boa, mas sempre atrelada a um grande centro comercial. A Cidade do Sol, não. É uma banca de rua. É um fenômeno. E é real.

Não são apenas os moradores de Petrópolis e arredores que a frequentam. Políticos, jornalistas e quaisquer outros que queiram não só um bom atendimento, mas que estejam procurando variedade. Tota tem periódicos nacionais e estrangeiros que não são distribuídos para Natal e mesmo para outras praças do Nordeste. E tem mais: CDs, DVDs, livros e até balas importadas. Neste fim de semana, recebeu balas inglesas que têm o requinte de diferenciar paladares masculinos e femininos.

TV de LCD, ar condicionado, quatro funcionários – dentre eles, Raphaela, a filha de 19 anos, que não era nascida quando a banca foi inaugurada – e um atendimento diferenciado, todos os dias, das 6 às 22 horas. Incluindo sábados, domingos e feriados.

E como diriam os colunistas sociais, a Banca Cidade do Sol não é só uma banca de jornais e revistas, mas todo um estilo de busca por informação, leitura e entretenimento. E tudo isso foi dito por um único motivo: RECONHECIMENTO. Vá até lá e confira.

Texto: Sandro Fortunato
Reprodução da coluna de Wanda Fernandes com foto de Marcelo Andrade

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2 comentários em “Banca Cidade do Sol, onde o futuro é agora

  1. Williams poderia ter falado dessa conduta ao tota, um cara educado, e mente aberta, sua banca é um oásis intelectual, nossa essa menina cresceu.

  2. Williams disse:

    Prezado,
    E muito bonita a historia do empresario, porem um trabalho de varios anos pode ir por agua a baixo, com um funcionario mau educado. foi o que aconteceu comigo quando entrei pela primeira vez na banca cidade do sol, fui mal atendido procurava uma revista que não tinha, porem a pessoa que estava na banca nem pelo menos ligou em anotar o nome da revista para num futuro oferecer aos clientes, fico eu com minha insigunificancia de consumidor se eu estiver errado……

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