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A recomposição da atividade canavieira no Rio Grande do Norte, através do Projeto Renovar, foi tema de debate nesta quarta-feira (19), na Assembleia Legislativa. Além da geração de 60 mil empregos, o programa de natureza socioeconômica, de iniciativa da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), objetiva tornar-se uma saída viável para a economia do Estado.

Além do impacto econômico, o projeto Renovar tem o intuito de formular Parcerias Público-Privadas com os Governos Estaduais de todo o Nordeste, a partir de recursos oriundos da União, a fim de combater a criminalidade no campo, através da redução da problemática social da desocupação.

De acordo com o Consultor do setor sucroalcooleiro de Pernambuco, Gregório Maranhão, foram perdidos de 50 a 60 mil empregos no universo canavieiro do Nordeste nos últimos anos. Para ele, o setor necessita de renovação urgentemente.

“Precisamos promover o aperfeiçoamento agronômico e a correção das distorções na política da atividade canavieira, a fim de melhorar nossa produção. Para se ter uma ideia, produzimos 2 milhões e 600 mil toneladas de cana na última referência, mas, para atingir a capacidade máxima do RN, precisaríamos de mais 700 mil toneladas de cana, o que equivaleria a 11 mil hectares de área”, explicou.

O Secretário de Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Guilherme Saldanha, firmou o compromisso de efetivar o projeto e cumprir com todas as obrigações da secretaria relacionadas ao setor.

Guilherme Saldanha também falou da baixa competitividade da agropecuária brasileira a nível internacional. “Precisamos olhar para o nosso setor agropecuário, porque poderíamos ser mais fortes e competitivos, mas estamos aquém do que podemos fazer em relação a outros países, porque ainda temos muita área livre para plantio”, frisou.

O secretário alertou ainda que, se não houver recursos para tecnologia, seguro agropecuário para empréstimos rurais, dentre outros incentivos, não há como melhorar a produção da região.

Já Renato Cunha, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (SINDAÇÚCAR), falou da importância do álcool para o RN e o Nordeste como um todo, já que o produto, hoje, substitui 38% das demandas de gasolina. Além disso, o presidente contextualizou e demonstrou a complexidade do setor açucareiro não apenas no Nordeste, mas também no Brasil e no mundo.

O presidente do Sindicato das Indústrias Fabricantes de Álcool do RN (Sonal), Arlindo Farias, enfatizou a importância da isonomia entre os produtores, para haver uma competição justa. “É preciso fazer crescer as indústrias que já existem, para que elas possam competir com as emergentes. Assim todo mundo se beneficia”, disse.

Por fim, dando ênfase à necessidade de implemento da segurança no setor açucareiro, Humberto Concentino, presidente da Associação dos Plantadores de Cana-de-açúcar do RN (ASPLAN), lembrou que vários produtores já foram assaltados e tiveram seus veículos perfurados por tiros de “pistoleiros”, mesmo dentro de suas propriedades. “A atividade agrícola precisa de políticas públicas fortes de segurança, para que possamos trabalhar com tranquilidade e dignidade”, clamou.

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