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O pintor Carlos José expõe seu acervo pessoal no projeto “Privado é Público”

Por Assessoria Secult/FJA

As artes visuais sempre permearam a vida de Carlos José Marques de Carvalho, 66, o próximo convidado do projeto “Privado é Público”, realizado pela Secretaria Extraordinária de Cultura e Fundação José Augusto (Secultrn/FJA), cuja vernissage “Carlos José e Caros Amigos” será nesta quarta-feira, 12, a partir das 19h, na Galeria de Artes Newton Navarro, na Fundação José Augusto.

Já são quase cinco décadas de envolvimento com a arte de desenhar e pintar, uma vez que sua primeira individual foi realizada em 1964. O fato é que o geógrafo, que também fez o Clássico no Seminário São Pedro é, sobretudo, um “humanista” e um artista nato que quando não está produzindo, está envolvido com a arte, como quando foi curador da Galeria Convivar´t ou coordenador do Ateliê de Artes do Núcleo de Arte e Cultura (NAC), da UFRN, instituição de onde saiu aposentado.

Carlos José diz que aceitou o convite para expor seu acervo particular no “Privado é Público”, por admirar o conceito do projeto, que é mostrar pela primeira vez ao grande público um acervo antes disponível apenas no âmbito privado. “A formação de um acervo é muito pessoal e envolve muito afeto. Cada trabalho desses tem uma história que começa desde a aquisição até a convivência cotidiana com eles”, revela.

A exposição conta com três quadros de Newton Navarro. Um deles foi presente dado pelo próprio pintor ao então amigo, após uma exposição feita na Biblioteca Pública Câmara Cascudo, em 1969. Dois dos vários trabalhos expostos do próprio artista Carlos José também são frutos da generosidade alheia: um deles é o quadro que ganhou o Prêmio de Desenho da 1ª Feira de Artes Plásticas do RN, de 1966, que pertence à Lúcia Beltrão Severo e outro trabalho, denominado “Cristo Crucificado no Cajueiro”, que pertence a Dr. Eduardo Afonso. Ambos foram gentilmente cedidos para fazer parte da exposição.

Além do já citado Newton Navarro, os visitantes poderão apreciar no acervo privado de Carlos José, trabalhos de grandes nomes da pintura como Dorian Gray, Antonello Labatte, Assis Marinho, Caribé, Carmelita F. Souza, Celina Bezerra, Erasmo Andrade, Fábio Eduardo, Fernando Gurgel, Flávio Freitas, Franklin Jorge, Jales, José Almir, Jordão, Iaponi Araújo, Ivanise, Manxa, Padre Eládio, Socorro Evangelista, Thomé Filgueira, dentre outros.

Nascido em Bom Jesus (RN), radicado em Natal há muitos anos, Carlos José utiliza a técnica do naïf para realizar seus trabalhos artísticos. Mas, não nega outras influências da pintura em sua vida. “A rigor eu não sou naïf. Mas posso ser considerado como tal porque utilizo elementos dessa escola e também porque não tenho formação acadêmica em Artes Plásticas. Sem contar que a minha primeira grande influência foi de Iaponi Araújo, um dos maiores primitivos que nós temos”, explica Carlos José.

Nas palavras de Iaperi Araújo, que assina a apresentação no catálogo da exposição “Carlos José e Caros Amigos”, há a afirmação que Carlos José “tem contribuído grandemente com o movimento das artes plásticas no Rio Grande do Norte”, pela “alta sensibilidade em idear os motivos regionais, dentro de um clima tipicamente nordestino, faz ressaltar a cor pura e viva, como elementos imagináveis de sua graça e sensibilidade”. Mais adiante, Iaperi Araújo revela os passos de Carlos José que começou “em 1964, com o Grupo dos Novíssimos, numa individual, na Galeria de Arte do Município de Natal, e daí por diante, marcou, com sua presença, inúmeras exposições coletivas e individuais na Cidade. As mais importantes coletivas: Dez pintores no Natal da Cidade (1964), Galeria Xaria e Galeria Vipinho (1965), I Feira de Artes Plásticas no Sobradinho (1966), Galeria do Rosário em Recife (1969), Feira da Providência, na Guanabara (1971), Salão de Arte Universitária (1972) coletiva na Galeria de Arte do Município, coletiva na Galeria Vila Flor, além de Coletiva no Teatro Municipal Sandoval Wanderley (1974)”.

“Carlos José e Caros Amigos”

Local: Galeria de Arte Newton Navarro
Abertura: 12 de setembro às 19h
Visitação: de 12 de setembro a 12 de outubro

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