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O Cine Verão – Festival de Cinema da Cidade do Sol realizará a sua quarta edição nos dias 20, 21 e 22 de janeiro, com programação totalmente gratuita composta por mostras de filmes e debates. Após três edições presenciais de sucesso, com 57 filmes exibidos, este ano o Festival acontecerá no formato on-line, devido a pandemia da COVID-19. Com realização da Pinote Produções, o projeto segue com o objetivo de ampliar as plataformas de difusão do cinema independente com foco na produção potiguar e brasileira.

O Festival teve mais de 350 filmes inscritos nas duas mostras: a Mostra Cine Verão Poti exibirá obras de realizadores potiguares e rodados no estado do RN, e a Mostra Cine Verão Brasil exibirá obras realizadas por brasileiros de diversas regiões do país. Após a análise criteriosa da curadoria – composta por Marana Torrezani, Rafaela Bernardazzi e Raildon Lucena na Mostra Cine Verão Poti, e Arlindo Bezerra, Carito Cavalcanti e Heloísa Sousa na Mostra Cine Verão Brasil –  foram selecionados 10 curtas potiguares e 30 curtas nacionais.  

Ter tantos filmes inscritos é uma prova de que o movimento audiovisual continua  atuante, e que a cultura segue resistindo apesar dos obstáculos. Heloísa Sousa considera os Festivais de cinema movimentos de resistência necessários: “Tenho percebido a curadoria de festivais como um exercício do olhar sobre as obras artísticas promovendo descentralizações e subversões das estéticas e éticas comuns. É também nesse sentido que se desdobra a seleção dos curtas-metragens que integram a programação da mostra nacional desta edição do Cine Verão, entre propostas documentais e de ficção advindas de diferentes cidades do Brasil, que com muita qualidade técnica e através de explorações consistentes na linguagem do audiovisual propõe outros protagonismos para as obras. Diante de um cenário tão devastador para o país, seja pela situação da pandemia, agravada pelas políticas de genocídio e de desmonte vividos, ter a oportunidade de apreciar e dialogar com tantas obras do cinema brasileiro e observar esse movimento de resistência e nossa capacidade de elaboração de múltiplas poesias é o que torna os festivais encontros tão necessários”.

Raildon Lucena ressaltou a satisfação de participar mais uma vez do Festival: “Uma grande satisfação participar mais uma vez do Cine Verão, dessa vez na curadoria do Festival, que teve grandes produções inscritas esse ano. A seleção final é um panorama do que vem sendo produzido em nosso estado e mostra a evolução do audiovisual potiguar. O Cine Verão é um Festival que vem crescendo e se consolidando a cada edição, promovendo o audiovisual do RN e do Brasil.” Marana Torrezani destacou a quantidade de curtas de ficção: Nos últimos anos houve um certo domínio dos documentários, aliás temos documentaristas maravilhosos aqui no Estado, mas é muito empolgante observar essa produção de ficção na cena potiguar. Sinto que especialmente esse ano, a mostra vai agradar não só o público, mas também a todo mundo que trabalha com audiovisual no estado.”

Na mostra nacional Arlindo Bezerra destacou a qualidade dos filmes selecionados: “Os perfis dos filmes apresentam uma diversidade de narrativas e discursos que mostram um recorte dos múltiplos protagonismos desse país. Acredito que o público irá conferir uma mostra de filmes de excelente qualidade técnica e artística, e preenchidos por afetividades.” E a linguagem poética de Carito Cavalcanti retrata essa diversidade: “As câmeras chegando com os índios em Mato Grosso do Sul na luta pelos seus direitos, sua terra, existência; resistência também no olho do Vidigal – olho do furacão pandêmico onde corre o Rio de janeiro a dezembro refletido-refletindo em sua diversidade e desigualdade; a Paraíba futurista-psicodélica e o Ceará em viagem interior-cosmopolita em suas várias histórias-representatividades humanas contra o preconceito; e o Paraná em charge e verso e reverso; e a Bahia nos dando mais que régua e (des)compasso; alguma coisa acontece no meu coração desvairado na Paulicéia; na cinematografia de tradução-tradição poética em outro Rio Grande, do Sul; nos documentários-ficções-fricções do cinema-curta, do cinema curto e grosso e delicado e poético e visionário e catártico e meta-eufórico! O cinema de guerrilha revelando ilhas-urgentes nesse país-continente.”

O Cine Verão tem realização da Pinote Produções e conta com o patrocínio da Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural, Prefeitura do Natal e Governo Federal.

SERVIÇO:

4º CINE VERÃO – Festival de Cinema da Cidade do Sol

Dias 20, 21 e 22 de janeiro

Exibições: www.cineverao.art

Filmes selecionados:

MOSTRA CINE VERÃO POTI

  • Womaneater – Direção: Paula Pardillos
  • Somente Após o Descanso – Direção: Sihan Felix
  • Cidadãos Invisíveis – Direção: Paulo Dumaresq
  • Dias Felizes – Direção: André Santos
  • Natureza do Homem – Direção: André Santos
  • Urubá – Direção: Rodrigo Sena
  • Crisálida – Direção: André Rosa
  • Vai Melhorar – Direção: Pedro Fiuza
  • Mais Um João – Direção: Athos Muniz
  • Quem Sabe Ele Mude – Direção: Kell Allen

MOSTRA CINE VERÃO BRASIL

  • Luís Humberto: O Olhar Possível – Direção: Mariana Costa e Rafael Lobo (DF)
  • Quarta: Dia de Jogo – Direção: Clara Henriques e Luiza França (RJ)
  • Castanhal – Direção: Rodrigo Chagas e Marques Casara (AM / SP)
  • Lacrimosa – Direção: Matheus Heinz (RS)
  • Mãtãnãg, A Encantada – Direção: Shawara Maxakali e Charles Bicalho (BG / MG)
  • Pelano! – Direção: Chris Mariani e Calebe Lopes (BA)
  • Modelo Morto, Modelo Vivo – Direção: Iuri Bermudes (SP)
  • Nadir – Direção: Fábio Rogério (SE)
  • O Caminho das Águas – Direção: Antonio Fargoni e Karla Ferreira (PE)
  • Papinha de Goiaba – Direção: Tiago Fonseca (RJ)
  • Mihe’aka Voxené: Simoné Veyopé Ûti! (Abre Caminho: nossas câmeras chegaram!) – Direção: Raylson Chaves (MS)
  • Bochincho, O Filme – Direção: Guilherme Suman (RS)
  • Batom Vermelho Sangue – Direção: R.B. Lima (PB)
  • Miga, Cê É Drag? – Direção: Gustavo Zampoli (SP)
  • Ela Que Mora no Andar de Cima – Direção: Amarildo Martins (PR)
  • Em Cima do Muro – Direção: Hilda Lopes Pontes (BA)
  • DNA-M Deus Não Acredita em Máquinas – Direção: Ely Marques (PB)
  • Janelas Daqui – Direção: Luciano Vidigal e Arthur Sherman (RJ)
  • Se Não For Divertido Não Tem Graça – Direção: Vinicius Comoti (PR)
  • Marco – Direção: Sara Benvenuto (CE)
  • Inspirações – Direção: Ariany e equipe (RJ)
  • Seremos Ouvidas – Direção: Larissa Nepomuceno (PR)
  • A Barca – Direção: Nilton Resende (AL)
  • Endless Love – Direção: Duda Gambogi (RJ)
  • Salinas – Direção: Gustavo Nakao (PR)
  • Ausência – Direção: Luiz Marchetti (MT)
  • Prefiro Que Me Xinguem – Direção: Levi Guimarães Luiz e Marcos Warschauer (SP)
  • O Menino e o Ovo – Direção: Juliana Capilé (MT)
  • O Menino Que Morava no Som – Direção: Felipe Soares (PE)
  • Marcas de Expressão: O Reflexo da Vida nas Ruas – Direção: Luan Macedo & Valesca Macedo (AL)

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