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1 de dezembro às 21:29
Depois de injustiça o desabafo do cantor e compositor Fernando Luiz
O SHOW DAS COMUNIDADES AMEAÇADO
Deixei passar quatro dias para não escrever um texto sob forte tensão emocional. Agora, que estou mais tranquilo, vou desabafar.
Quarta-feira passada, dia 27, seria realizado no conjunto Pajuçara II, na Zona Norte de Natal, o 79º Show das Comunidade, o projeto musical mais importante do Rio Grande do Norte e com maior alcance social, que existe há 11 anos e já atravessou três administrações estaduais e três municipais, com o patrocínio da Lei Djalma Maranhão. Aberto ao público, já lançou 05 cd’s com artistas das comunidades, deu prêmios, revelou novos talentos, divulgou o trabalho de artistas consagrados, reúne cantores, bandas, grupos musicais, artistas circenses, humoristas, dançarinos, artistas covers, palhaços de circo, etc. É uma verdadeira tribuna livre cultural. Nos 11 anos de existência do projeto eu já enfrentei alguns problemas pontuais, com relação à iluminação pública, policiamento, intervenção viária e até dificuldades de patrocínio, mas nada que não fosse resolvido a tempo. Nunca houve um único show cancelado. Mas na quarta-feira passada, o Show das Comunidades não se realizou. E pela primeira vez desde sua criação, tivemos todos os problemas que se possa imaginar, que não permitiram que o show programado para Pajuçara II se realizasse. Antes, devo afirmar que cumprimos toda a parte burocrática dentro dos prazos exigidos pelos órgãos públicos, como o envio dos ofícios e os pagamentos de todas as taxas. Vamos lá:
1) A URBANA não enviou a equipe para fazer a limpeza do local;
2) A SEMSUR não enviou os 600 metros de gambiarra para iluminar o local; pela manhã liguei para o órgão, falei com a pessoa responsável, que me garantiu a colocação da gambiarra por volta das 14 horas. Por volta das 17 horas alguém da SEMSUR ligou para a produção do evento informando que “a gambiarra não seria colocada, pois o carro da Secretaria estava quebrado”. Estressado, liguei para o órgão, e como o telefone do Gabinete estava ocupado, entrei em contato com Aarão, uma pessoa extraordinária que trabalha no órgão. Arão levou o problema ao Secretário Raniere Barbosa, que providenciou o envio de uma equipe. Mesmo assim, o pessoal só conseguiu chegar ao local do show para instalar a gambiarra por volta das 19:30. Embora eu seja grato ao meu amigo Raniere pelo envio da gambiarra, não foi possível a instalação, pois o pior já tinha acontecido…
3) No dia anterior ao show paguei a taxa da COSERN e não fui informado de que tinha havido nenhuma alteração no sistema de instalação da energia elétrica. Entretanto, a COSERN não ligou a energia, alegando que não tinha sido instalada uma tal caixa de energia trifásica. Aqui cabe a pergunta: se em todos os shows anteriores (inclusive no show realizado há pouco méis um mês atrás), nunca fora feita esta exigência, como eu poderia adivinhar este fato novo? A COSERN teria que me informar, como usuário que há 11 anos realiza este evento, desta nova exigência. Ou não?
4) Mais do que estressado e já apavorado eu, que desde as 15 horas estava no local do show, contratei às pressas um caminhão gerador, mesmo sem saber de onde iria tirar o dinheiro para arcar com esta despesa extra. E um gerador foi enviado ao local pela empresa Erociano Promoções.
5) Aí veio o “golpe de misericórdia”. Os bombeiros interditaram o show, alegando que o palco estava armado sob fios de alta tensão. Só que há um detalhe: o palco estava armado exatamente no mesmo local do Pajuçara Fest, um evento que dura TRÊS DIAS, e que é realizado anualmente, no mês de julho pela líder comunitária Claudete Trindade que, além de me dar um apoio logístico para a realização do evento também me cedeu a planta baixa para o local do show. Segundo Claudete, o Pajuçara Fest foi realizado com a autorização do Corpo de Bombeiros. Portanto, se eu utilizei a mesma planta baixa do Pajuçara Fest, aqui cabe mais uma pergunta: porque então o Show das Comunidades foi interditado?)
6) Além dos órgãos citados, ainda temos que enviar ofícios à PM solicitando policiamento ostensivo, à SEMOB ( Intervenção Viária) e à SEMURB, que dá a autorização para a realização do evento. Embora até minha saída do local do show o Policiamento não tivesse chegado, é provável que isto tenha ocorrido depois que me ausentei. Quanto à SEMURB e à SEMOB, tudo ocorreu dentro da normalidade.
7) Conclusão: para não ter uma crise de hipertensão, fui para casa, autorizei o desmonte do palco e, embora eu tenha tomado conhecimento de que algumas pessoas do bairro, revoltadas com a suspensão do show, tivessem retirado as faixas de isolamento colocadas pelo Corpo de Bombeiros, em nenhum momento pensei em desobedecer à a determinação do órgão, não só porque sou um cidadão que cumpro à risca as determinações da Lei, como também tenho um nome a zelar e não vou jamais macular minha imagem de 43 anos de atuação no mercado como artista, produtor cultural e promotor de eventos sócio-culturais por causa do cancelamento de um show, por mais prejuízos e transtornos que isto pudesse me causar.
Agora estou me organizando para ver como vou cobrir os custos extras do Show das Comunidades que não houve, como o pagamento de todas as taxas, das ART’s, do gerador, além das minhas despesas pessoais e do tremendo desgaste físico, emocional e profissional pelo qual passei. Em um único dia foi jogado por terra o trabalho cansativo e estressante que durou mais de um mês para organizar o evento. Uma verdadeira falta de respeito e um exemplo de descaso para comigo que, nos últimos 11 anos coloquei minha própria carreira profissional em segundo plano, para levar adiante um projeto que, embora aprovado pela população e respeitado pelo pelos formadores de opinião, não merece a mínima consideração por parte dos órgãos competentes que, de vez em quando parecem usar dois pesos e duas medidas.
A verdade é que há vários meses eu venho percebendo que as dificuldades para a realização do Show das Comunidades aumentam cada vez mais. Sempre tenho procurado manter uma discrição com relação aos problemas que enfrento, mas estou cansado: agora vou BOTAR A BOCA NO TROMBONE.
O estresse contínuo, os aborrecimentos constantes e agora o prejuízo financeiro estão me levando a admitir algo que eu achei que jamais iria ocorrer: estou pensando seriamente em parar com o Show das Comunidades. Dói dizer, mas é verdade.
Quarta-feira passada, dia 27, seria realizado no conjunto Pajuçara II, na Zona Norte de Natal, o 79º Show das Comunidade, o projeto musical mais importante do Rio Grande do Norte e com maior alcance social, que existe há 11 anos e já atravessou três administrações estaduais e três municipais, com o patrocínio da Lei Djalma Maranhão. Aberto ao público, já lançou 05 cd’s com artistas das comunidades, deu prêmios, revelou novos talentos, divulgou o trabalho de artistas consagrados, reúne cantores, bandas, grupos musicais, artistas circenses, humoristas, dançarinos, artistas covers, palhaços de circo, etc. É uma verdadeira tribuna livre cultural. Nos 11 anos de existência do projeto eu já enfrentei alguns problemas pontuais, com relação à iluminação pública, policiamento, intervenção viária e até dificuldades de patrocínio, mas nada que não fosse resolvido a tempo. Nunca houve um único show cancelado. Mas na quarta-feira passada, o Show das Comunidades não se realizou. E pela primeira vez desde sua criação, tivemos todos os problemas que se possa imaginar, que não permitiram que o show programado para Pajuçara II se realizasse. Antes, devo afirmar que cumprimos toda a parte burocrática dentro dos prazos exigidos pelos órgãos públicos, como o envio dos ofícios e os pagamentos de todas as taxas. Vamos lá:
1) A URBANA não enviou a equipe para fazer a limpeza do local;
2) A SEMSUR não enviou os 600 metros de gambiarra para iluminar o local; pela manhã liguei para o órgão, falei com a pessoa responsável, que me garantiu a colocação da gambiarra por volta das 14 horas. Por volta das 17 horas alguém da SEMSUR ligou para a produção do evento informando que “a gambiarra não seria colocada, pois o carro da Secretaria estava quebrado”. Estressado, liguei para o órgão, e como o telefone do Gabinete estava ocupado, entrei em contato com Aarão, uma pessoa extraordinária que trabalha no órgão. Arão levou o problema ao Secretário Raniere Barbosa, que providenciou o envio de uma equipe. Mesmo assim, o pessoal só conseguiu chegar ao local do show para instalar a gambiarra por volta das 19:30. Embora eu seja grato ao meu amigo Raniere pelo envio da gambiarra, não foi possível a instalação, pois o pior já tinha acontecido…
3) No dia anterior ao show paguei a taxa da COSERN e não fui informado de que tinha havido nenhuma alteração no sistema de instalação da energia elétrica. Entretanto, a COSERN não ligou a energia, alegando que não tinha sido instalada uma tal caixa de energia trifásica. Aqui cabe a pergunta: se em todos os shows anteriores (inclusive no show realizado há pouco méis um mês atrás), nunca fora feita esta exigência, como eu poderia adivinhar este fato novo? A COSERN teria que me informar, como usuário que há 11 anos realiza este evento, desta nova exigência. Ou não?
4) Mais do que estressado e já apavorado eu, que desde as 15 horas estava no local do show, contratei às pressas um caminhão gerador, mesmo sem saber de onde iria tirar o dinheiro para arcar com esta despesa extra. E um gerador foi enviado ao local pela empresa Erociano Promoções.
5) Aí veio o “golpe de misericórdia”. Os bombeiros interditaram o show, alegando que o palco estava armado sob fios de alta tensão. Só que há um detalhe: o palco estava armado exatamente no mesmo local do Pajuçara Fest, um evento que dura TRÊS DIAS, e que é realizado anualmente, no mês de julho pela líder comunitária Claudete Trindade que, além de me dar um apoio logístico para a realização do evento também me cedeu a planta baixa para o local do show. Segundo Claudete, o Pajuçara Fest foi realizado com a autorização do Corpo de Bombeiros. Portanto, se eu utilizei a mesma planta baixa do Pajuçara Fest, aqui cabe mais uma pergunta: porque então o Show das Comunidades foi interditado?)
6) Além dos órgãos citados, ainda temos que enviar ofícios à PM solicitando policiamento ostensivo, à SEMOB ( Intervenção Viária) e à SEMURB, que dá a autorização para a realização do evento. Embora até minha saída do local do show o Policiamento não tivesse chegado, é provável que isto tenha ocorrido depois que me ausentei. Quanto à SEMURB e à SEMOB, tudo ocorreu dentro da normalidade.
7) Conclusão: para não ter uma crise de hipertensão, fui para casa, autorizei o desmonte do palco e, embora eu tenha tomado conhecimento de que algumas pessoas do bairro, revoltadas com a suspensão do show, tivessem retirado as faixas de isolamento colocadas pelo Corpo de Bombeiros, em nenhum momento pensei em desobedecer à a determinação do órgão, não só porque sou um cidadão que cumpro à risca as determinações da Lei, como também tenho um nome a zelar e não vou jamais macular minha imagem de 43 anos de atuação no mercado como artista, produtor cultural e promotor de eventos sócio-culturais por causa do cancelamento de um show, por mais prejuízos e transtornos que isto pudesse me causar.
Agora estou me organizando para ver como vou cobrir os custos extras do Show das Comunidades que não houve, como o pagamento de todas as taxas, das ART’s, do gerador, além das minhas despesas pessoais e do tremendo desgaste físico, emocional e profissional pelo qual passei. Em um único dia foi jogado por terra o trabalho cansativo e estressante que durou mais de um mês para organizar o evento. Uma verdadeira falta de respeito e um exemplo de descaso para comigo que, nos últimos 11 anos coloquei minha própria carreira profissional em segundo plano, para levar adiante um projeto que, embora aprovado pela população e respeitado pelo pelos formadores de opinião, não merece a mínima consideração por parte dos órgãos competentes que, de vez em quando parecem usar dois pesos e duas medidas.
A verdade é que há vários meses eu venho percebendo que as dificuldades para a realização do Show das Comunidades aumentam cada vez mais. Sempre tenho procurado manter uma discrição com relação aos problemas que enfrento, mas estou cansado: agora vou BOTAR A BOCA NO TROMBONE.
O estresse contínuo, os aborrecimentos constantes e agora o prejuízo financeiro estão me levando a admitir algo que eu achei que jamais iria ocorrer: estou pensando seriamente em parar com o Show das Comunidades. Dói dizer, mas é verdade.
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4 comentários em “Depois de injustiça o desabafo do cantor e compositor Fernando Luiz”
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1 de outubro às 12:36
Sistema de Esgotamento Sanitário vai entrar em operação na Zona Norte de Natal
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30 de setembro às 22:49
Governo do Estado e GOL anunciam novo voo direto de Buenos Aires para Natal
Que Estado, Município é esse, isso é uma falta de respeito ao povo de Natal ao artista e herói FERNANDO LUIZ, só porque não é IVETE, CHICLETE, DURVAL e outros?
FORÇA FERNANDO, não jogue a TOALHA, tenha fé em DEUS. A luta continua.
Não é época de eleição, por isso nada de apoio.Fernando deixa pra lá, fecha essa porta, outra se abrirá pra você.Aproveita sua energia alto astral e vai para um projeto que seja mais iluminado, cuidar ,alegrar, pessoas deficientes, crianças doentes.Isso vai valer pra sua vida espiritual.A luz de um projeto assim nunca apaga.E voce não vai se estressar.
É lamentável que Fernando Luiz que sempre promove o bem e a cultura, tenha passado por isso. A falta de ação igual a essa, nos fala da mal educação e despreparo de algumas pessoas que estão atendendo nos órgãos públicos.
Deixei de realizar eventos da Casa do Bem ao ar livre por causa das muitas exigências e do estresse de ver os apoios chegando em cima da hora e até alguns prestadores de serviços também dando trabalho. Cansei