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Por Rosinaldo Vieira – Portal O Momento

O fotógrafo Marcelo Buainain fez lançamento  nesta quinta-feira (11.12),  na Pinacoteca do Estado, antigo Palácio Potengi, na Cidade Alta, o livro Era uma vez…,  que mostra em fotos e textos poéticos ou não, a importância do jumento para a cultura e sociedade brasileira e principalmente nordestina.

 

Junto com o lançamento do livro, também aconteceu a abertura da exposição fotográfica Era uma vez…, onde Marcelo Buainain apresenta 39 fotos em preto e branco que também estão no livro. São fotos expostas em quadros do tamanho de 40 cm x 60 cm a 1 metro por 1,5 metro. A exposição fotográfica fica na Pinacoteca até o dia 2 de fevereiro de 2015.

 

Seminário

Completando o ciclo que envolve a temática do jumento, o fotógrafo realizará no próximo dia 16 de dezembro, a partir das 18h30, no Teatro de Cultura Popular (TCP), o I Seminário Era uma vez jumento. “Este evento abordará a importância deste animal para nossa sociedade”, disse o fotógrafo Marcelo Buainain, que já teve este seu trabalho contemplado no 13º Prêmio Marc Ferrez de Fotografia, da Fundação Nacional de Artes (Funarte).

 

Participam deste evento como palestrantes a veterinária Kátia Lopes, presidente da ong Defesa da Natureza e dos Animais (DNA), do zootecnista Fernando Nobre, do jornalista Eduardo Aparício, do Ceará, presidente da ong União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), o médico e escritor Paulo Bezerra, além de Elinaldo Nobre, mais conhecido por Jesus, proprietário da fazenda Nobre em Apodi/RN, onde são levados muitos jumentos retirados das estradas.

 

A inspiração de trabalhar com o tema do jumento veio depois que o fotógrafo leu em 2012 um artigo no Estadão do escritor e jornalista francês Gilles Lapouge, que mostrou em seu texto a importância deste animal para a história da humanidade, desde a construção das pirâmides do Egito, passando pela famosa passagem bíblica em que Jesus entra sentado em um jumento em Jerusalém, até a edificação de açudes na região Nordeste e como meio de transporte da população local.

 

“A partir disso passei a observar e entender a importância deste animal para a humanidade, mas que apesar disse está sendo esquecido e até com risco de extinção”, disse Marcelo Buainaim, que apesar das fotos mostrarem ângulos plásticos e artísticos do jumento em diversas situações, o que o move neste trabalho é uma condição ideológica, e não meramente artística, na defesa deste animal.

 

O fotógrafo também se diz contra a iniciativa do promotor Silvio Ricardo Brito, da 2ª Promotoria da cidade de Apodi, que propôs dar um destino diferenciado aos jumentos que são apreendidos nas estradas e que no lugar de castrá-los ou levá-los para uma fazenda, sua carne seria usada para o consumo humano, assim como acontece com outros animais como vacas, bois, bodes, porcos. “O jumento tem uma importância histórica e cultural muito grande e por isso sou totalmente contra essa ideia”, disse Marcelo Buainain.

 

As imagens foram tiradas ao longo dos últimos dois anos em várias cidades do Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia e mostram o jumento em situações como atropelado nas estradas, sendo retirado nas rodovias, no meio do sertão nordestino, como meio de transporte do sertanejo e em diversos ouros momentos, trabalho que teve a parceria e apoio do fotógrafo potiguar Canindé Soares.

 

Marcelo Buainain

O fotógrafo Marcelo Buainain de 52 anos de idade é natural de Campo Grande, Mato Grosso do Sul e está radicado em Natal há cerca de dez anos. Já morou na Europa e trabalhou como freelancer em diversos veículos de publicação brasileira e europeia. É autor de vários outros livros de fotografia documental, como Bahia – Saga e Misticismo (2000), Índia Quantos Olhos tem uma Alma (2003) e Mi Amas Vin (2013). Mais uma vez entrega seu talento aos espectadores, revelando um registro comovente sobre o jumento ao mesmo tempo em que ajuda a despertar para uma consciência de responsabilidade e sensibilidade sobre o tema.

 

Serviço

1º Seminário Era uma vez… Jumento

Dia:  16 de dezembro

Hora: 18h30

Local: Teatro de Cultura Popular Chico Daniel (TCP), Rua Jundiaí, 641 – Tirol- – Natal/RN, (anexo à Fundação José Augusto) – Entrada gratuita

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