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Prêmio Estadual de Direitos Humanos
CDHMP ENTREGOU O XVII PRÊMIO ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS E
XIV PRÊMIO JORNALÍSTICO
O Centro de Direitos Humanos e Memória Popular-CDHMP realizou na manhã desta quinta-feira, 02
no, Plenarinho da Assembléia Legislativa do Estado do RN, a solenidade de
entrega do XVII Prêmio Estadual de Direitos Humanos “Emmanuel Bezerra
dos Santos” e o XIV Prêmio Jornalístico de Direitos Humanos.
Esse ano o XVII Prêmio Estadual de Direitos Humanos foi entregue, in
memoriam, ao operário JOSÉ PRAXEDES DE ANDRADE, um militante social
que lutou durante a Insurreição Comunista de 1935 em defesa da
liberdade democrática e de uma nova sociedade, e que em 2010 está se
comemorando os seus 110 anos de nascimento. Já o XIV Prêmio
Jornalístico foi entregue ao jornalista AÍLTON MEDEIROS, militante
comprometido com a defesa da liberdade de expressão e dos Direitos
Humanos na mídia. O evento também concedeu um Prêmio Especial a
MARIA NAZARÉ TAVARES ZENAIDE, educadora e uma valorosa humanista
dedicada à promoção dos Direitos Humanos no nosso país, com ênfase em
Educação e Cidadania.
O Prêmio Estadual de Direitos Humanos foi criado em 1994, em homenagem
ao militante e ex-desaparecido político Emmanuel Bezerra dos Santos, e
tem o objetivo de agraciar aquelas pessoas ou Entidades comprometidas
com os Direitos Humanos, as liberdades democráticas e a defesa da
vida. Já o Prêmio Jornalístico de Direitos Humanos foi criado em 1997,
com o intuito de homenagear os jornalistas identificados com a causa e
a promoção dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Durante a Solenidade de Entrega dos Prêmios será também homenageado,
in memoriam, o militante social FRANCISCO GUILHERME DE SOUSA, operário
que também lutou durante a Insurreição Comunista de 1935, e que este
ano se comemora o seu Centenário de nascimento.
Discurso de Ailton Medeiros por ocasião da entrega do Prêmio Jornalístico de Direitos Humanos 2010
“Dedico o prêmio aos jornalistas Carlos Santos e F.Gomes, assassinado brutalmente recentemente.
Senhoras e senhores, meus amigos e meus leitores aqui presentes:
O que eu sinto agora talvez não sirva para se dizer. Mas não quero perder a oportunidade e serei breve, tão breve que na verdade já terminei, como gostava de dizer Salvador Dali.
Há um verso do “Soneto da Mudança”, de Vicente de Carvalho, que gosto muito. Diz assim: “Que eu sou quem sou por serdes vós quem sois”.
Jamais deixaria de escrever o que penso sobre isso ou aquilo na suposição de que meus leitores não concordariam comigo.
Nunca! No dia em que me sentir compelido a fazê-lo, fecho o blog e mudo de atividade.
Sempre acreditei que é melhor dizer a verdade do que a mentira, que é melhor ser livre do que ser escravo e que é melhor saber do que ser ignorante.
Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultos. Critico-as. É tão incomum isso na nossa mídia que as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. É crítica, às vezes é estúpida. O leitor que julgue.
Acho que quem ofende os outros é o jornalismo em cima do muro, que não quer contestar coisa alguma. Meu tom às vezes é sarcástico. Pode ser desagradável. Mas é, insisto, uma forma de respeito.
Primo pela liberdade, a liberdade é minha crença. Acredito que os males da liberdade de imprensa se combatem com mais liberdade de imprensa. Na minha imaginação, os meus adversários estão sempre de pé, lutando — ainda que alguns gostassem de silenciar-me.
Um brinde à liberdade e às idéias que nos fazem melhores e mais donos do nosso destino!
A minha ética é a do guerreiro; quem elimina ou constrange o outro na porrada é o terror.
A escolha de Aluizio Lacerda para entregar o prêmio tem grande significado: foi dele a iniciativa de me levar para a Rádio Rural de Caicó quando este escriba ainda era um garoto que mal começara a amar os Beatles e os Rolling Stones. Acreditem, eu ainda não tinha sequer 12 anos.
Mas valeu a pena.
Gay Talese, o decano jornalista americano, durante sua passagem pelo Brasil, em 2009, disse que de todas as profissões, se um jovem estiver interessado em honestidade e não em ganhar muito dinheiro, o jornalismo é a melhor escolha.
Há mentirosos em todas as profissões, inclusive no jornalismo, contou Talese, mas nós não os protegemos. Os militares acobertam mentirosos. Os políticos, os partidos, o governo, todos fazem isso.
Os jornalistas não agem assim, não toleram o mentiroso entre eles. Acho uma profissão honrosa, honesta. Tenho orgulho de ser jornalista”.

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