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Texto e foto: Taciana Chiquetti
Angústias decorrentes de separações são, atualmente, as mais freqüentes nos consultórios. Grupo de psicólogas ensina como lidar com o luto e outras perdas em vida.
A procura por terapia para saber lidar com as angústias decorrentes dos diversos tipos de perdas na vida e também do luto por morte vem crescendo cada vez mais. É o que afirmam as psicólogas que fazem parte do Núcleo de Apoio Apego e Perdas, que funciona, há dois anos, no bairro de Lagoa Nova, em Natal. O luto por morte e as perdas que ocorrem por causa dos divórcios e separações são os principais motivos que levam as pessoas a procurar ajuda psicológica.
“As perdas são eventos difíceis de serem elaborados ao longo do desenvolvimento humano. Sejam perdas em vida ou decorrentes da morte, exigem recursos de enfrentamento para o qual algumas pessoas necessitam de suporte profissional. É esse o enfoque do trabalho terapêutico. No caso da separação conjugal, é um tanto significativo, pois não é para a morte que se perde. É uma situação que fragiliza emocionalmente os parceiros e, quando há filhos, pode se desdobrar em situações muito delicadas”, observa a psicóloga Kátia Bezerra, que atua há seis anos na Vara da Família do Tribunal de Justiça do RN e que, juntamente com Millena Câmara, Luciana Figueiredo e Mariana Mendes, compõe o grupo pioneiro, na capital potiguar, neste tipo de trabalho.
Para abordar o assunto, o curso “Apego e Perdas: compreendendo o processo de luto”, promovido pelo Núcleo, e destinado especialmente aos profissionais das áreas de saúde e educação, está com inscrições abertas nestes meses de janeiro e fevereiro.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no final do ano passado, a taxa geral de divórcios atingiu, em 2010, o seu maior patamar desde 1984 (243.224 divórcios), quando foi iniciada a série histórica das Estatísticas do Registro Civil. Uma das causas para esses números foi o fim da exigência de prazos para dissolução dos casamentos. Até então, para se divorciar, o casal precisava ter, no mínimo, um ano de separação judicial ou dois anos na separação de fato (em que marido e mulher já vivem separados, mas são considerados casados perante a Justiça).
Em cinco módulos, os facilitadores das aulas explicam sobre os tipos de apegos e tipos de perdas, formação de vínculos, processos de luto e síndrome de luto complicado, luto infantil e resiliência. “Uma dúvida muito freqüente, que é a de como contar sobre a morte de um ente querido, também é tratada neste curso. Não existe um tempo fixo para se vivenciar o luto, porque cada ser humano tem a sua maneira de encará-lo, mas uma rede de apoio é fundamental para aliviar o sofrimento. É preciso uma mudança de atitude perante a morte e o rompimento dos vínculos”, observa Millena, que fez diversas especializações na área em São Paulo e trouxe a Psicologia do Luto para Natal.
O Núcleo Apego e Perdas também oferece os cursos de Luto infantil, Desastres, Ludoterapia, Efeitos terapêuticos das histórias infantis/ Contos de Fadas, além de grupos de estudos sobre o luto.
Núcleo Apego e Perdas
www.apegoeperdas.com.br

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