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21 de dezembro às 03:13
Meu muito obrigado a Rubinho
Para mim foi um dos melhores prêmios e presente de Natal. A crônica de Rubens Lemos sobre o meu trabalho me deixou extremamente feliz e lisonjeado. O ano de 2011 foi um dos melhores anos de minha vida e fechou com chave de ouro com as palavras de Rubinho. Foram dezenas e dezenas de pessoas elogiando a crônica e dizendo do merecimento ao meu trabalho. Além de Thaisa Galvão publicar em seu blog, vários outros colegas também fizeram. Minhas 20 horas de trabalho diário com certeza tem valido a pena e com elogios dessa magnitude só me deixa muito mais entusiasmado para continuar com muito mais determinação minha vontade de fazer a fotografia, principalmente documentando o que nossa terra tem de melhor e mais bonito.
Tijolos invisíveis
Por Rubens Lemos
Uma cidade consegue sobreviver se existir alguém capaz de preservar os tijolos invisíveis de sua alma. A aldeia metrópole-dentadura sorri um sorriso social, esbanja o avanço do concreto e vai perdendo seus vigilantes líricos. Seus missionários de preservação espiritual, seus peregrinos, seus alvissareiros do farol da resistência. Seus bêbados, seus bedéis, suas fofoqueiras, suas carolas, seus xerifes de rua. Seus alcoviteiros.
A calma e a perspicácia formam um equilíbrio delicado com a coragem dos que se arriscam na missão visionária de preservar sua terra e os seus personagens, sua vida frenética e as suas origens. Há tempos que observo, do alto da minha calvície, o trabalho do repórter fotográfico Canindé Soares.
Canindé Soares faz parte de uma categoria profissional muito arriscada para os meninos de hoje. Canindé é um frila, um freelancer, um trabalhador livre e autônomo, sem patrões e lotado de emoções reservadas que explodem em imagens abertas de Natal em rostos, ruas, construções, paisagens, destruições, , aventuras, tristezas, celebrações.
Avesso à vida social de eventos, por opção própria e sem condenar quem aprecia, observo Canindé Soares numa onipresença de minhas leituras virtuais e nas raras saídas de casa que não sejam ao trabalho. Aos jovens que começam a receber as suas pautas nas redações, Canindé Soares ensina, sem teorias e com humildade , que a regra básica do ofício é a maravilha do imprevisível.
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Notícia não dorme, nem marca hora. Não espera nem tangencia. Com a febre das redes sociais, é Canindé Soares nos seus 32 anos de batalha em redações quem dá o exemplo renovador. É agente multiplicador do fato sem ser dele sua estrela. É transmissor. Sem juízo de valor, como eu faço dele, ao escrever agora, cometendo o pecado permitido ao aprendiz de cronista, que é o de adjetivar pelo vício da franqueza. Cronista é o mendigo da subliteratura.
Observar o trabalho de um notívago, de um madrugador, de um combatente da informação esteja ela onde estiver, é um a tarefa muito mais que banal. É flagrante por constatar que ainda existe vida em sentimento numa cidade onde já existiram jornais e poetas em cada esquina e hoje cada qual busca o lugar em que o outro por acaso domina.
Canindé Soares fotografa idosas em bailes de fim de ano. Sorridentes e exibindo, além dos vestidos longos, a felicidade que a força da modernidade expulsa de todos nós, os seus sucessores e, mais ainda, da geração do meu filho, que irá ocupar o meu lugar.
Ao subir num avião ao lado do piloto Roberto Duarte, outra figura de Natal, testemunha silenciosa e ética de articulações políticas e conchavos aéreos históricos conduzindo autoridades, Canindé Soares escancara, num Cinemascope imóvel, como se a tela do Velho Rex fosse, a cidade banguela sem o Estádio Machadão e o Ginásio Machadinho.
Eis a diferença sanguínea entre a frieza da expansão carrancuda e a sensibilidade de um profissional de fé e de amor pelo que faz. Sou mais a Natal de Canindé Soares.
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4 comentários em “Meu muito obrigado a Rubinho”
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13 de janeiro às 20:53
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9 de janeiro às 18:50
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4 de janeiro às 09:46
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Rubinho: Embora você não me conheça, aprecio há muito tempo o seu trabalho e o admiro pela facilidade e pelo poder que tem de se expressar com tamanha maestria, simplicidade e facilidade. Aliás, valores herdados do seu pai Rubens Lemos – um gigante do jornalismo e do idealismo.
Cannindé: O conheço de um tempo não muito distante, porém o suficiente para não economizar nos adjetivos relacionados ao seu valor – tanto na condição de profissional quanto de ser humano engajado, consciente e bem articulado. Que continue nos brindando com esse permanente show de imagens e ideias.
Belissimas palavras para uma pessoa impar, dessa nossa Natal, para uma pessoa que sempre soube lidar no seu trabalho com os mais diversos tipos, afinal Natal é a cidade COMA OVO, DE CARRO NOVO, DEVENDO AO POVO…..parabens Caninde voce merece tudo isso……
Felizes palavras, de um homem feliz para outro, que de tão feliz espalha sorrisos e ensina a preciosa lição de que árvore sem raízes não pode dar frutos. Parabéns, Rubinho e Canidja.
Concordo plenamente queCanindé é o cara um senhor profissional pelo qual tenho grande admiração, seu trabalho é sensacional.Parabénssssssssssssss.