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No geral, 53,7% das pessoas ocupadas com 15 anos ou mais do Rio Grande do Norte estavam submetidas a riscos em seu ambiente de trabalho. Em termos absolutos, 796 mil pessoas foram expostas a fatores degradantes em seu local de trabalho, sendo 560 mil homens e 236 mil mulheres. 

Manuseio de substâncias químicas, exposição a ruído ou ao sol, trabalho com resíduos sólidos ou com material radioativo ou biológico e contato com poeira mineral estão entre os fatores considerados pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, divulgada neste mês pelo IBGE. 

A exposição a riscos é maior entre pessoas com baixa escolaridade. Entre pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, 354 mil (67,8% desse grupo) estão expostas a fatores de risco. Já entre as pessoas com ensino superior completo, 94 mil trabalham em ambientes com riscos à saúde (35,8% desse grupo). 

A desigualdade de exposição a riscos no ambiente de trabalho também se expressa por cor ou raça, ocorrendo para 48,3% dos declarados brancos, 54,2% dos pardos e 69% das pessoas pretas. 

De maneira similar, também há desigualdades de exposição a riscos quando se olha para o rendimento. Enquanto o percentual é de 31,2% para as  pessoas que recebem mais de 5 salários mínimos (cerca de 17 mil trabalhadores), 60,4% dos que recebiam entre ¼ e ½ salário mínimo (194 mil pessoas) disseram trabalhar em condições que podem afetar sua saúde. 

Trabalho noturno

O levantamento trouxe também dados sobre o trabalho noturno, considerado aquele realizado no período entre 8 horas da noite e 5 horas da manhã. Em 2019, 14,1% dos potiguares (209 mil pessoas) trabalhavam no horário noturno em pelo menos uma de suas ocupações. Este percentual foi maior do que a média nacional (13,3%) e do que a média do nordeste (11,9%). 

Fumo no trabalho

A PNS também verificou a incidência de pessoas fumando em ambientes de trabalho fechados. Neste quesito, 13,1% dos trabalhadores do estado apontaram que alguém havia fumado em seu local de trabalho – percentual maior do que a média nordeste (10,8%) e do que a média Brasil (10,6%). Cerca 129 mil pessoas podem ter tido contato com fumaça de cigarro em seus ambientes laborais no Rio Grande do Norte. 

Potiguares são os que mais realizam atividade física coletiva no país 

A PNS de 2019 também investigou a prática de atividades coletivas. Uma delas foi a atividade física. 27,1% dos potiguares com 15 anos ou mais se reuniram com outras pessoas para realização de atividades físicas mais de uma vez por semana. Este é o maior percentual entre todos os estados da federação, ficando acima da média nordeste (20,9%) e da média Brasil (19,9%). 

Por outro lado, 52,8% da população nesta faixa etária não praticaram qualquer atividade física coletiva nos 12 meses que antecederam a realização da pesquisa.

Religião

A Pesquisa também levantou informações sobre a frequência de atividades religiosas das pessoas com mais de 15 anos de idade. Neste ponto, o RN foi o estado do país que apresentou o maior percentual de pessoas que, em 12 meses, não haviam frequentado nenhuma vez este tipo de atividade, 41,4%. Em termos absolutos, o percentual equivale a 1 milhão e 60 mil pessoas que não se reuniram para práticas religiosas. 

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