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Corpo de Bombeiros comunica adiamento da Corrida Soldados do Fogo
O Corpo de Bombeiros Militar do RN comunica que a 23ª Corrida Soldados do Fogo prevista para ocorrer na tarde deste sábado (1), em Natal, foi adiada para o dia 8 de julho.
A decisão leva em consideração critérios de segurança estabelecidos pela corporação em função da intensa chuva registrada na cidade o que poderia colocar em risco a segurança dos participantes, colaboradores e fornecedores.
Além disso, a previsão metereológica indica aumento da instabilidade climática no turno da tarde.
A organização da prova estará divulgando, ao longo da semana, mais informações a respeito do evento pelo site www.corridasoldadosdofogo.com.br.
O CBMRN agradece a compreensão de todos.
Destino do Hotel Reis Magos é debatido em audiência pública
Texto: Junior Martins
Câmara Municipal do Natal – ASSECAM
Destino do Hotel Reis Magos é debatido em audiência pública
O destino do Hotel Reis Magos, situado na Praia do Meio, foi tema de uma audiência pública realizada, nesta quarta-feira (28), na Câmara Municipal de Natal. Participaram do debate, proposto pelo vereador Sandro Pimentel (PSOL), representantes da Prefeitura de Natal, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RN), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e de diversos órgãos e entidades que trabalham na documentação, pesquisa e preservação do patrimônio histórico, além da sociedade civil.
Na abertura do debate, Hélio de Oliveira, diretor do Departamento de Patrimônio Cultural da Funcarte, disse que a instituição considera o Hotel Reis Magos relevante para a história da arquitetura moderna do RN e a memória coletiva da capital potiguar. “Agora, acho estranho o principal órgão de proteção ao bem cultural estadual, a Fundação José Augusto, não estar presente, inclusive para falar sobre o tombamento provisório do prédio feito por ela e informar se há possibilidade de acontecer o tombamento definitivo”.
Francisco Rodrigues, da Associação Cristã de Moradores e Amigos da Praia do Meio (AMA-PM), disse que a audiência é importante para mostrar ao Poder Público a urgência de uma solução para a situação de um espaço que está parado e em processo de deterioração.
“A comunidade sofre muito com tudo isso que está acontecendo, haja vista que se o equipamento estivesse funcionando certamente teriam mais oportunidades de emprego e renda para as pessoas. O hotel poderia ser um polo de atração turística na cidade, principalmente naquela orla marítima, um corredor de turistas que se dirigem para o litoral norte”, lamentou Rodrigues. “Defendemos a revitalização do prédio sem perder de vista seu perfil histórico, objetivo que pode ser alcançado através de parcerias público-privadas”, afirmou.
Por sua vez, o presidente do Sindicato dos Arquitetos (Sindarq/RN), Vinícius Galindo, disse que o assunto tem circulado na mídia mas não tem sido debatido com a profundidade necessária. “O Legislativo natalense oferece uma imensa contribuição para a abordagem da temática. Enquanto isso, a Prefeitura não fala oficialmente sobre a situação do Hotel Reis Magos há anos, inclusive durante um tempo chegou a cogitar a demolição da estrutura. Portanto, vamos exigir um posicionamento do prefeito Carlos Eduardo Alve sobre o destino de um prédio que guarda parte da memória da cidade”, cobrou Vinícius.
De acordo com o vereador Sandro Pimentel, a audiência cumpriu sua função de fomentar o debate acerca de uma questão de interesse público. “Chegaram alguns elementos novos, sobre os quais não tínhamos conhecimento. Por exemplo, a informação de que o processo de tombamento do Reis Magos não se encontra mais na Funcarte, e que saiu de lá com parecer favorável, uma das condições fundamentais para avançarmos”, explicou.
“Vamos agora marcar uma audiência com o secretário Homero Grec, chefe da Casa Civil, para sabermos de forma detalhada como anda a situação do tombamento do prédio, a partir do que disse a Funcarte, de que o processo saiu aprovado pelo Conselho Municipal de Cultura, que foi favorável a não demolição do Hotel”, concluiu.
Texto: Junior Martins
Fotos: Verônica Macedo
ALBERT DICKSON REQUER MELHORIAS PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA
O deputado Albert Dickson (PROS) apresentou requerimento na Assembleia Legislativa requerendo ao Governo do Estado a instalação de Dessalinizador de Água no poço da comunidade do PA, Baixa do Novilho, no município de João Câmara. De acordo com o parlamentar, o poço possui vazão de aproximadamente 10 mil horas, mas a salubridade da água têm prejudicado a comunidade.
“A água desse poço público é imprópria para o consumo em razão do excesso de sal. Com esta providência, o Governo irá beneficiar os moradores dessa comunidade proporcionando melhor saúde e qualidade de vida”, justifica Albert Dickson no pleito encaminhado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).
Em outras solicitações ao Executivo Estadual, com encaminhamento à Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern), o deputado pede que seja providenciado o saneamento básico em diversas ruas da capital, beneficiando os bairros de Igapó, Lagoa Azul e Planalto.
Deputados participam do 9º Fórum Nacional Eólico

Nesta terça-feira (27), o deputado George Soares (PR) representou oficialmente a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte no 9º Fórum Nacional Eólico, realizado na Escola de Governo, em Natal. Durante o evento, o parlamentar destacou o potencial eólico do Estado potiguar e necessidade de investimentos no setor.
“Como presidente da Frente Parlamentar de Apoio às Energias Renováveis, participamos dos debates falando das nossas ações em busca do incentivo à produção de energias renováveis, conforme vimos em viagens e seminários sobre o tema. O nosso Estado é o maior produtor de energia eólica do Brasil, e é preciso levar isso a conhecimento de todos, para sabermos das nossas potencialidades econômicas,” frisou George.
O Fórum é o principal ponto de encontro político-econômico entre os poderes públicos e empreendedores no setor de energia eólica no Brasil, e se renova a cada ano, com abordagens dinâmicas e debates oportunos.
Homenagem
A deputada Márcia Maia (PSDB) também se fez presente ao evento, oportunidade em que sua mãe, a ex-governadora Wilma de Faria, foi homenageada, in memoriam, pelas conquistas do setor energético do Rio Grande do Norte alcançadas entre os anos de 2003-2010. Emocionada, a parlamentar enalteceu as importantes conquistas e o legado deixado por Wilma de Faria no setor energético do RN.
“Ela fez com que, o invisível para muitos, se transformasse em realidade. Com ela à frente do Estado, conquistamos grandes realizações na área das energias renováveis. A principal delas foi o salto iniciado em 2003, quando a capacidade instalada para a geração de energia no Rio Grande do Norte saiu de zero para a autossuficiência em 2010”, afirmou Márcia Maia.
Ezequiel Ferreira requer programas habitacionais para municípios do Seridó

Preocupado com o déficit habitacional que chega a marca de 140 mil moradias no Rio Grande do Norte, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB) está propondo a implantação em municípios da região Seridó de dois programas governamentais, voltados para o combate a esse déficit: o Moradia Cidadã, em suas duas vertentes Servidor e Municípios e o Cartão Reforma.
Os municípios a serem beneficiados, de acordo com os requerimentos encaminhados ao Governo do Estado são Ouro Branco, Lagoa Nova e Santana do Matos. “Esses municípios necessitam dos programas que são prioritários no enfrentamento do déficit habitacional. O Moradia Cidadã proporciona financiamento residencial aos servidores do Estado que podem assumir uma parcela mensal de baixo custo. Desse montante será alimentado um fundo de reserva para contemplar, também, as famílias de baixa renda no interior’, justifica o Ezequiel Ferreira.
O deputado ressalta que os estudos mostram que o déficit habitacional é um problema no Estado, porém há cidades mais carentes que outras que precisam uma atenção especial como são os casos de Ouro Branco, Lagoa Nova e Santana do Matos.
Já o Cartão Reforma, programa do Governo federal que tem um orçamento inicial de R$ 1 bilhão e que nessa primeira fase há a previsão para beneficiar 100 mil pessoas, concede crédito a famílias de baixa renda que recebem até dois salários-mínimos, para aquisição de material de construção para reforma, ampliação, promoção de acessibilidade ou conclusão de obras.
Missão da Marinha ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo
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Seguindo o padrão operacional da Marinha do Brasil, todos já estavam acordados às 5h e prontos para embarque imediato, e pontualmente às 6:55 o NPaOc P-122 “Araguari” já estava suspendendo amarras e âncoras no porto da Base Naval de Natal, e, às 07:00h (fuso Papa – hora de Brasília) já estávamos em movimento e direcionados para a saída do estuário do Porto de Natal, com o óbvio calor do nordeste aplacado apenas pela brisa marítima.
A passagem pelo estuário da saida do porto de Natal é um espetáculo a parte, com a bela vista das dunas ao norte e do Forte dos Reis Magos e a cidade de Natal ao sul. Apesar da ausência de outras embarcações nas proximidades, a vigilância é sempre intensa, a doutrina de vigilância na Marinha é sempre eficaz, garantindo assim a segurança de todos no mar.
Uma vez já todos organizados, alojados e briefados com as instruções de segurança de bordo, a viagem começa em alto mar, com a belíssima paisagem de Natal ficando para trás.
As atividades no Arquipélago de São Pedro e São Paulo é um dos melhores exemplos da união da população brasileira de origens mais diversas em uma atividade que garante não apenas um “território insular” como também uma das maiores áreas do Oceano Atlântico ao Brasil.
A missão
Transporte de pessoal e suprimentação técnica da Estação Oceanográfica no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, passagem pela ilha de Fernando de Noronha para transferência de pessoal, projeção de presença no mar territorial brasileiro e na zona de exploração econômica exclusiva de direito do Brasil, e, caso seja necessário, a busca e salvamento de embarcações ou aeronaves na área de abrangência SAR de responsabilidade do Brasil.
Nessa missão em particular, a Marinha do Brasil dá apoio ao programa PRÓARQUIPÉLAGO(*1), um programa que garante o guarnecimento permanente das ilhas por equipes de cientistas, que são substituídos a cada quinze dias, justificando a reivindicação brasileira envolvendo esse território que, embora pequeno, agrega à Zona Econômica Exclusiva (ZEE) brasileira, uma área de 450.000 quilômetros quadrádos.
Já foram realizadas 350 expedições desde 1998.
A minha missão: documentar tudo o que for possível para mostrar ao público interessado, a grande missão da Marinha do Brasil e de nossos cientistas pesquisadores nessa “faina” que beneficia direta e indiretamente milhões de brasileiros, mesmo aqueles que nunca ouviram falar desse “rochedo” no meio do Oceano Atlântico e que certamente jamais terão a oportunidade de vê-lo de perto com os próprios olhos.
Mesmo sendo aparentemente uma pequena viagem em comparação com grandes manobras navais e/ou instalações de prospecção petrolíferas, uma missão como essa de apoio ao programa PRÓARQUIPÉLAGO faz parte de um todo maior que é a salvaguarda da “Amazônia Azul”, uma área que abrange 3,6 milhões de km², correspondente à nossa Zona Econômica Exclusiva, acrescida de 900 km² de plataforma continental, além das 200 milhas náuticas, totalizando uma área de 4,5 milhões de km². Um espaço adicional ao nosso território, que equivale à 52% do território continental, por isso, mesmo sendo um pouco menor à área da da Amazônia legal, e por esse motivo é chamado de “Amazônia Azul”.
Em resumo na prática: A Marinha do Brasil cuida do que inicialmente é uma pequena porção de rochas vulcânicas e uma instalação científica quase no meio do Oceano Atlântico, e, o Brasil tem assegurado o direito de posse de uma área de 450.000km².
É longe? Não!
“É longe? Não! É muito, muito longe…
São em média 4 dias de viagem (dependendo da embarcação), 1.100 km desde Natal, enfrentando difíceis condições de mar, que exigem grandes esforços físicos e psicológicos daqueles que aceitam o desafio de desenvolver pesquisas no Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Considerado por muitos um local inóspito, Mas são muitas as características que fazem do Arquipelago de São Pedro e São Paulo um lugar fantástico, sob vários pontos de vista.
É importante ressaltar a localização geográfica desse pedacinho do Brasil. Estamos falando de um conjunto único de ilhas oceânicas brasileiras localizadas no hemisfério norte, e estratégicamente situada entre os continentes sul-americano e africano, fato que lhe atribui uma condição única para a realização de pesquisas nos mais variados campos da ciência, as quais proporcionam uma maior compreensão da dinâmica dos ecosssitemas insulares e seus intrincados processos ecológicos no Oceâno Atlântico.”(*2)
O transcorrer da viagem
São exatos três dias, desde a partida de Natal até o Arquipélago de São Pedro e São Paulo, mesmo com a breve parada na Ilha de Fernando de Noronha para recolher mais uma das pesquisadoras integrante da equipe de cientistas que desenvolvem diversas pesquisas em todas as ilhas oceânicas brasileiras com o apoio da Marinha do Brasil. Entre militares e civis presentes à bordo, todos tem tempo para se conhecerem melhor, conhecerem os trabalhos uns dos outros e participar de importates exercícios à bordo, como o abandono e salvatagem (será descrito em detalhes depois), um dos mais importantes para missões embarcadas como essa e outras que virão para todos. Missões como essa, produzem conhecimento e material para muitas produções, com os mais diversos temas, desde a atividade militar mais básica das “fainas marinheiras”, passando pelos treinamentos táticos e atividades estratégicas da Marinha do Brasil.
A exceção dos que ficaram “mareados” por algumas horas, todos podem efetuar atividades úteis à bordo, seja apenas conversando para explicar melhor o trabalho desenvolvido, apresentando palestras sobre as atividades das instituições científicas, fotogranfando e filmando para as matérias jornalísticas ou apenas se exercitando no convôo. Novas amizades são feitas e pessoas incríveis são descobertas entre os tripulantes, como por exemplo muitos praças e oficiais que participaram da missão SAR ao “Air France 447”, uma das histórias mais fatídicas da aviação, mas que por outro lado serviu para provar mais uma vez a operacioalidade e disposição dos militares da Marinha do Brasil quando se trata de emergências e salvaguarda da vida humana em perigo no mar. Também estão entre os presentes, pesquisadores e técnicos civis que lidam diretamente com as atividades de interesse científico que são apoiadas pela Marinha através da SECIRM, a Secretaria da Comissão Interministerial para Recursos do Mar.
(*1) Além do PRÓARQUIPÉLAGO existe também o PRÓTRINDADE, que é um programa semelhante, mas que se ocupa exclusivamente da Ilha da Trindade e Martins Vaz, e, que também é Admisnistrado pela Marinha do Brasil através da SCIRM.
(*2) Trecho do livro; Arquipélago de Sao Pedro e São Paulo – O Brasil no meio do Atlântico, Danielle de Lima Viana, Fábio Hissa Vieira Hazin, Jorge Eduardo Lins Oliveira, Marco Antônio Carvalho de Souza – Vedas Edições 2015.
A Estação Científica
Inaugurada em 1998, a primeira estação científica do ASPSP teve como objetivo apoiar o Programa de Pesquisas do ASPSP – PRÓARQUIPÉLAGO, coordenada pela Comissão Interministerial para Recursos do Mar – CIRM. A construção mostrou-se adequada, mesmo considerando ondas de proporções incomuns e até mesmo abalos sísmicos (sim, um dos poucos locais do Brasil aonde acontecem terremotos!). As avaliações permitiram aprimorar e construir uma segunda estação, concluída em 2008.
Para que um pesquisador possa efetuar suas atividades no ASPSP, o projeto científico deve passar por uma seleção de mérito científico junto ao CNPq e a Estação está permanentemente ocupada por pelo menos quatro pesquisadores vinculados à Universidades diversas em períodos de 15 dias.
As atividades mais efetuadas na Estação do ASPSP são; Meteorologia, Oceanografia, Biologia, Geofísica Marinha e Engenharia de Pesca.
A atual estação possui acomodações simples mas bem construídas, resistentes às intempéries das ondas, ventos e também aos abalos sísmicos frequentes, possui sistêmas de comunicação modernos para garantir a ligação com o continente ou com embarcações, via rádio, telefonia e internet via satélite.
Além de diversos equipamentos de análises e medições, existe também um farol marítimo dos mais importantes do Oceâno Atlântico, e, o mais importante equipamento que é um dessalinizador de água do mar.
O apoio dos marinheiros civis de Natal
Além de militares e pesquisadores, existe também um grupo de pessoas especiais para a história do ASPSP e o PRÓARQUIPÉLAGO, que são os marinheiros civis e pescadores que prestam apoio à estação científica do Arquipélago São Pedro e São Paulo. Navegam quatro dias pelo mar bravio a cada quinze dias para transportar pessoal e suprimentos leves para a estação. Suas embarcações são fretadas pela Marinha do Brasil para a atividade de apoio e suprimentação leve, já que assim os custos de deslocamento de uma embarcação da Marinha é elevado e não é conveniente do ponto de vista orçamentário que ocorra com a mesma frequência com que são enviadas embarcações mais leves e simples.
Temos nessa situação o melhor exemplo de união de pessoas de diferentes origens da população brasileira, desde homens simples do mar que até então viviam da pesca quase artesanal, passando pelos militares da Marinha que passam a vida se preparado para atividades mais extremas e pesquisadores civis, que promovem a busca pelo conhecimento em um território longínquo, hostil, sem nenhum conforto, mas todos trabalhando em pról da soberania de nosso território marítimo e nossos direitos na “Amazônia Azul”.
O histórico do Arquipélago
O Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP) é formado por um conjunto de ilhas rochosas localizadas a cerca de 1.000 Km do litoral do Rio Grande do Norte, cuja área total emersa é de aproximadamente 17.000 m2 . As baixas altitudes e pequenas dimensões tornaram o local um ponto crítico para a navegação, pois as ilhas são de difícil detecção a olho nu, principalmente em condições adversas de luz e de tempo, o que veio a provocar alguns naufrágios ao longo da história.
O primeiro e mais famoso deles foi o que deu origem ao descobrimento do Arquipélago, ocorrido com a nau portuguesa São Pedro, em 1511, comandada pelo Capitão Manuel de Castro Alcoforado, que se desgarrou da armada que partiu de Portugal em 20 de abril de 1511, a qual se dirigia às Índias, e veio a se chocar com os rochedos. O socorro à referida nau teria sido realizado por outra da mesma frota, chamada “São Paulo”. Daí a origem do nome “São Pedro e São Paulo”. O primeiro registro daquela remota região em mapa data de 1529 e sua posse pelo Brasil jamais foi contestada.
A primeira Estação Científica construída no ASPSP foi inaugurada em 25 de junho de 1998, a partir do que o local permanece permanentemente habitado.
LOCALIZAÇÃO E CLIMA
O Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP) consiste em um conjunto de ilhas rochosas situadas no hemisfério Norte, sobre a Dorsal Meso Atlântica (00º 55,01’ N e 029º 20,76’ W, a cerca de 1.100 Km da cidade de Natal – RN e 520 Km do Arquipélago de Fernando de Noronha – PE). É o ponto do Brasil mais próximo da África, distando aproximadamente 1820 Kim de Guiné Bissau. Trata-se de um remoto grupo de ilhas, próximo à linha do Equador, que ocupa uma área emersa de cerca de 17.000 m2 , cuja elevação máxima é de 18 m acima do nível do mar.
As seguintes características são observadas no local:
– Clima quente e úmido;
– Solo rochoso (rochas pontiagudas e escuras);
– Ausência de praias;
– Ausência de vegetação de médio/grande porte;
– Relativa violência do mar no entorno;
– Grande possibilidade de ocorrência de abalos sísmicos; e
– Biodiversidade rica.
O ARQUIPÉLAGO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO; UM BEM FEDERAL
Distante cerca de 1100 km do litoral do Rio Grande do Norte, o Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP) é o único conjunto de ilhas oceânicas brasileiras acima da linha do Equador, sendo composto por pequenas ilhas rochosas formadas a partir da evolução geológica associada à falha tectônica de São Paulo. Trata-se de um afloramento do manto oceânico que se eleva de profundidades abissais, em torno de 4.000 metros , apresentando uma área total emersa de 17.000 metros quadrados.
Apesar de sustentar um caráter extremamente inóspito, o ASPSP possui características únicas que propiciam ao País oportunidades ímpares nos campos econômico, científico e estratégico.
– Interesse econômico – O ASPSP está situado na rota migratória de peixes com altíssimo valor comercial, revelando-se uma região bastante promissora para a atividade pesqueira nacional.
– Interesse científico – O ASPSP sempre despertou elevado interesse científico. Trata-se de um caso raríssimo de formação de ilhas, cercadas de rica biodiversidade, que proporciona condições únicas para a realização de pesquisas em diversos ramos da ciência.
– Interesse estratégico – A Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos do Mar (CNUDM), assinada pelo Brasil em 1982 e posteriormente ratificada em dezembro de 1988, mudou a ordem jurídica internacional relativa aos espaços marítimos, instituindo o direito dos Estados costeiros de explorar e aproveitar os recursos naturais da coluna d’água, do solo e subsolo dos oceanos, presentes na sua Zona Econômica Exclusiva. No entanto, em relação ao “Regime de Ilhas”, o artigo 121 da Convenção, em seu parágrafo 3º, afirma que: “os rochedos que por si próprios não se prestam à habitação humana ou à vida econômica não devem ter Zona Econômica Exclusiva (ZEE) nem Plataforma Continental”. Garantindo, portanto, a habitabilidade contínua daquela remota região, propicia-se ao País acrescentar a impressionante área de 450.000 km2 à sua ZEE original, o que equivale a aproximadamente 13% de toda a ZEE brasileira ou 6% do território nacional.
Em 2004, a Marinha, por meio do Ofício nº 902/2004/Com3ºDN, solicitou à Gerência Regional do Patrimônio da União no Rio Grande do Norte (GRPU/RN) as providências necessárias à regularização junto à Secretaria do Patrimônio da União (SPU), visando à transferência de jurisdição do ASPSP para a Marinha do Brasil, mediante o respectivo Termo de Entrega. O referido Termo veio a ser efetivamente assinado em 2006, pelo Almirante de Esquadra Roberto de Guimarães Carvalho, então Comandante da Marinha, e a Srª Yêda Cunha de Medeiros Pereira, então Gerente Regional do Patrimônio da União no Rio Grande do Norte.
Referências bibliográficas:
(*2) Trecho do livro; Arquipélago de Sao Pedro e São Paulo – O Brasil no meio do Atlântico, Danielle de Lima Viana, Fábio Hissa Vieira Hazin, Jorge Eduardo Lins Oliveira, Marco Antônio Carvalho de Souza – Vedas Edições 2015.
Publicações da Marinha do Brasil/SCIRM/Proarquipélago
Livro: Amazônia Azul – A última fronteira e Arquipélago de São Pedro e São Paulo – O Brasil no meio do Atlântico.
Texto: Yam Wanders – fotojornalista site Orbis Defense
www.orbisdefense.com
LDO 2018: vereadores se reúnem com o Executivo para discutir emendas
Os vereadores da capital potiguar se preparam para votar o Projeto de Lei Complementar que trata das diretrizes orçamentárias (LDO) para a Lei Orçamentária Anual (LOA 2018). Nesta segunda-feira (26), os parlamentares se reuniram com a secretária de Administração de Natal, Adamires França, no gabinete da Presidência da Casa, para discutir como será a votação que começa hoje (27) em segunda discussão. Na ocasião, foram encaminhadas 25 emendas ao texto-base da matéria, sendo 16 consensuais.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende as metas e prioridades da administração pública municipal, incluindo as despesas para o exercício financeiro do próximo ano, orientando para a elaboração. “Trata-se de uma matéria de grande importância para a cidade; sentamos com a equipe técnica da Prefeitura para avaliar o conteúdo das sugestões apresentadas”, afirmou o presidente da Casa, vereador Raniere Barbosa (PDT).
De acordo com o líder da base governista, vereador Ney Lopes Júnior (PSD), durante o encontro também foram observados os aspectos legais e constitucionais dos textos, além da viabilidade dessas propostas diante do atual cenário econômico do município. “Os parlamentares foram sensíveis ao momento de dificuldades financeiras que a gestão atravessa e, por isso, a maioria das emendas são consensuais”.
Na sequência, Adamires França falou que o montante de receitas posto em debate no plenário chega a R$ 2,6 bilhões. “As proposições dos vereadores chegam para aprimorar a peça orçamentária e oferecer mais transparência ao processo de administração dos recursos públicos”, disse a secretária, informando que até o dia 30 de setembro a Prefeitura encaminhará à Câmara a Lei Orçamentária Anual para que sejam iniciadas as análises.
Já a votação do Plano Plurianual deve ser concluída na sessão ordinária nesta terça com a apreciação das quatro emendas que restam. O PPA está previsto no artigo 165 da Constituição Federal e estabelece as diretrizes, objetivos e metas a serem seguidos pelo Executivo ao longo dos próximos quatro anos. “A intenção é buscar uma integração entre o planejamento e a lei orçamentária”, explicou a vice-líder da bancada governista, vereadora Nina Souza (PEN).
Texto: Junior Martins