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Sem alfalto…

Até hoje a rua Francisco Luciano de Oliveira continua sem alfato para decepção do cientista Miguel Nicolelis
Matéria veiculada no jornal Tribuna do Norte dia 13 de julho de 2010.
Uma ação na Justiça movida pelo Ministério Público Estadual é o motivo para a demora em se pavimentar a rua Francisco Luciano de Oliveira, onde está localizada uma das sedes do Instituto Internacional de Neurociências de Natal. Essa é a justificativa apresentada pelo secretário municipal de Obras Públicas e Infraestrutura, Demétrio Torres, para as reclamações apresentadas pelo cientista Miguel Nicolelis, diretor do Instituto, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE no último domingo. De acordo com Demétrio, o Ministério Público conseguiu na Justiça impedir qualquer alteração na área, até que estudos sejam realizados.
O centro da questão é o terreno do San Vale, zona de proteção ambiental responsável pela maior parte das reservas de água potável de Natal. A sede do Instituto, segundo Demétrio Torres, está encravada no San Vale. Em 2006, o MP conseguiu na Justiça uma liminar impedindo qualquer construção na área até que o plano de drenagem e o esgotamento sanitário sejam finalizados pelo Município e pela Caern. Como a zona de proteção inclui reservas preciosas de água potável, novas construções poderiam impermeabilizar excessivamente o solo e criar novas fossas sépticas, contaminando as águas com nitrato, a exemplo de outras reservas em Natal.A reportagem fez uma pesquisa e descobriu a ação mencionada pelo secretário – que não sabia informar o número e a data do processo. Trata-se do processo 00106014114-0, datado de 9 de junho de 2006. Ao contrário do que explicou Demétrio Torres, a decisão da Justiça, do dia 3 de julho do mesmo ano, informa que “a própria Administração deve verificar, em cada caso concreto, a viabilidade de suspender ou dar prosseguimento à pavimentação daquela área”. Mesmo assim, a liberação de quaisquer licenças ambientais foram proibidas.
O procurador-geral do Município, Bruno Macedo, foi questionado acerca dos efeitos da decisão. Segundo Bruno, é necessário uma licença ambiental para realizar a pavimentação de qualquer rua e, como as licenças estão proibidas, não é possível aplicar o asfalto até que as demandas da ação sejam sanadas. “Como precisa de licença ambiental, não dá para pavimentar”, explica. A promotora Gilka da Mata, responsável pela ação, foi procurada, mas não pôde atender à reportagem.
O prazo para produção do Plano de Drenagem e Pavimentação e o Sistema de Esgotamento Sanitário foi fixado em 2008, após decisão do Tribunal de Justiça. Os desembargadores estabeleceram 18 meses para a implementação das medidas. O prazo acabou, mas a Prefeitura conseguiu incluir essas obras no Programa de Aceleração do Crescimento, fase 2, o que, de acordo com o secretário de Obras Públicas, foi suficiente para um alargamento do prazo. “A drenagem e o saneamento do San Vale estão colocados no PAC-2 como prioridade”, diz Demétrio. “Assim que tudo for liberado, será feita a pavimentação daquela área como um todo”, explica.
O PAC-2 tem previsão para ser contratualizado no segundo semestre e ter suas obras iniciadas no início de 2011. Até esse momento, a rua que dá acesso ao Instituto de Neurociências continuará sem asfalto. O progresso continuará a vir em rua esburacada e aos solavancos.

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