O acervo histórico é composto por quadros e expositores contendo medalhas, cartas, emblemas e uniformes com a cobertura, como as boinas e quepes eram chamados à época, além das peças dos automóveis e aeronaves e da réplica do Jeep, que foram adquiridos ao longo dos anos nos Estados Unidos pelos pesquisadores Fred Nicolau e Augusto Maranhão, outro integrante da Fundação Rampa. Segundo Fred Nicolau, a paixão pela história da segunda Guerra Mundial começou aos 8 anos de idade quando ele começou a montar aviões de brinquedo. Daí em diante, foi adquirindo livros de engenharia aeronáutica, peças para montagem e descobriu uma nova profissão: Design de Aviões e não Engenharia Aeronáutica como chegou a prestar vestibular. No ano de 2003 encontrou um veterano da Marinha, que serviu durante três anos em Natal e foi fundamental para ajudar-lhe a contar a história e importância da participação das cidades de Natal e Parnamirim na segunda guerra. “É muito importante que as novas gerações saibam dessa importância da nossa cidade e o porquê de recebermos tanta influência americana na nossa cultura”, explica Nicolau.
Posição Estratégica da Cidade
A capital potiguar e a cidade de Parnamirim possuem uma posição estratégica geográfica global muito importante, isto fez a cidade receber as duas principais bases militares americanas durante a Segunda Guerra Mundial: a Base Naval e Parnamirim Field, à época, a maior base da Força Aérea norte-americana em território estrangeiro e serviram de apoio às tropas americanas que se dirigiam aos combates na Europa e África, contribuindo de forma significativa para o sucesso dos aliados. A cidade recebeu um contingente de 10.000 soldados norte-americanos para lutarem durante o conflito mundial. E a presença deles mudou radicalmente a até então pequena capital, que à época possuía 55.000 habitantes, cuja influência cultural permanece até os dias atuais.
Natal Ontem e Natal Hoje
O Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte também está expondo, paralelamente, fotos de Natal como era antes e como está hoje. A exposição é o resultado de um trabalho de pesquisa da equipe do Parque, junto à Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo – Semurb, sobre a história e geografia da capital potiguar. “Uma exposição complementa a outra, porque o visitante vai ver a importância da nossa cidade na segunda guerra e tem a noção de como era a cidade naquela época e como evoluiu, com várias mudanças nas ruas e fachadas dos imóveis. Vai conhecer, também, como era a nossa cidade com pouquíssimos carros”, comenta o gestor do Parque da Cidade, Carlos da Hora.