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Transforme um gatinho da UFRN em gatinho doméstico

Você já se apaixonou por algum gato perambulando à toa na UFRN? Já matou hora nas proximidades do Restaurante Universitário (RU), dando um cafuné gratuito para algum bichano? É de conhecimento geral que, em meio a uma fauna tão diversificada, entre saguis, lagartos e iguanas, para os estudantes, o topo da cadeia alimentar da faculdade (e dos nossos corações) é ocupado pelos tão amados gatinhos.

Infelizmente, a beleza e o carisma não são as únicas coisas que os felinos têm a agregar ao campus. Além do fato de os animais estarem em situação de vulnerabilidade e abandono, sem o tratamento e cuidados adequados, gatos podem adoecer e até se tornarem vetores de doenças.

Foi pensando no bem-estar dos animais que em 2019 surgiu o projeto Gatinhos da UFRN. Num primeiro momento, a iniciativa surgiu de forma voluntária entre alunos da faculdade que tinham como objetivo arrecadar dinheiro para alimentar os felinos e incentivar a adoção consciente. Com a conta do Instagram do projeto ganhando visibilidade e apoio entre a comunidade estudantil, o que era uma iniciativa voluntária se tornou ação de extensão registrada, sob a coordenação do professor Marcelo Caricio, do Departamento de Ciências Administrativas (Depad/CCSA).

Atualmente, o projeto é autofinanciado e se mantém com apoio no Catarse, doações via Pix e venda de produtos pela loja online da iniciativa. Todo o dinheiro acumulado por esses meios é investido no resgate, cuidados veterinários, castração e alimentação dos animais, que, após o fim de todos esses processos, ficam disponíveis para a adoção. Importante ressaltar que toda prestação de contas é transparente e pode ser acompanhada pela página do Catarse ou Instagram.

Os voluntários do Gatinhos da UFRN, em média, castram quatro gatos por mês, o que, a longo prazo, evita que centenas de filhotinhos nasçam em situação de abandono dentro do campus. Infelizmente, esse ainda é um número pequeno em frente à quantidade de animais abandonados que só cresce, já que a UFRN se tornou uma espécie de hotspot para pessoas irresponsáveis despejarem os felinos.

Novamente identificando o problema e sentindo a necessidade de intervir, os alunos da universidade, juntamente com professores, criaram outro projeto de extensão: Animais e Comunidade. A iniciativa tem como objetivo levar informações à comunidade sobre como conviver com amor, respeito e cuidado com os pets e promover ações visando à melhoria da sanidade de animais residentes em locais de baixa renda. Dentre as várias ações do projeto, uma das principais é criar conteúdo educativo sobre o bem-estar animal e disponibilizá-los de forma acessível e gratuita no Instagram.

“Sem os cuidados adotados pelo projeto, a superpopulação de gatos concentrada em uma determinada área pode causar um desequilíbrio ambiental, pois são animais caçadores/predadores, que podem dizimar a fauna da região, como pássaros, pequenos lagartos e saguis. Com esse hábito, os gatinhos também podem se alimentar de animais infectados, como ratos com leptospirose, morcegos com o vírus da raiva e, assim, disseminar essas doenças, inclusive para os seres humanos”, diz o veterinário Danilo Menezes, professor do Centro de Biociências (CB/UFRN) e um dos idealizadores do projeto.

E foi por meio de muito trabalho, angariação de fundos e amor pelos gatinhos que os dois projetos de extensão se uniram para tornar real o primeiro mutirão de castração dos gatos da UFRN. As ações têm início no dia 7 deste mês e visam à castração de mais ou menos 70 animais, que serão castrados, cuidados e cadastrados em um banco de dados para a adoção consciente. “Estamos pegando principalmente os gatinhos mais dóceis, que se dariam super bem numa família”, diz Mariana Lima, voluntária da Gatinhos da UFRN desde 2019.

Todas essas ações contam com voluntários esforçados que movem montanhas diariamente na intenção de mudar a vida de cada gatinho resgatado, mas infelizmente só o amor e a dedicação não são o suficiente para manter os projetos ativos. Interessados em apoiar as iniciativas podem contribuir oferecendo um lar temporário para os bichanos, compartilhando as iniciativas nas redes sociais, realizando doações de dinheiro, ração ou remédios. Para mais informações, acessar os links já disponíveis na matéria.

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